Moscou foi informada sobre transferência de drones de Londres para Kiev antes de ataque a Sevastopol


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O Ministério das Relações Exteriores da Rússia convocou a embaixadora britânica na Rússia, Deborah Bronnert, em conexão com o suposto envolvimento de Londres no ataque de 29 de outubro à Frota do Mar Negro russa.
Em um comunicado divulgado nesta quinta-feira, o ministério russo indicou que tinha informações de que Londres transferiu vários drones, ou veículos aéreos não tripulados (UAVs), para Kiev e que especialistas britânicos estiveram ativamente envolvidos no treinamento e fornecimento de forças de operações especiais ucranianas, incluindo aquelas envolvidas em operações de sabotagem no mar Negro.
Moscou alertou que as ações do Reino Unido ameaçam escalar a crise de segurança e levar a “consequências imprevisíveis e perigosas”, e que tais “provocações hostis” por parte de Londres são “inadmissíveis” e devem ser interrompidas imediatamente.
“Se tais atos de agressão, repletos de envolvimento direto [do Reino Unido] no conflito, continuarem, toda a responsabilidade por suas consequências desastrosas e o aumento das tensões nas relações entre nossos Estados serão inteiramente do lado britânico”, disse o Ministério das Relações Exteriores.
O porto russo da Frota do Mar Negro em Sevastopol repeliu um ataque maciço de drones em 29 de outubro, derrubando vários UAVs e embarcações de superfície controladas remotamente na baía de Sevastopol. De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, os navios de guerra atacados incluíam embarcações de segurança para o corredor de grãos.
Admiral Golovko da frota russa do mar Negro - Sputnik Brasil, 1920, 30.10.2022

Os militares russos mais tarde recuperaram destroços de drones do fundo do mar para examinar os restos, encontrando módulos de navegação feitos no Canadá instalados nos drones marítimos. Os preparativos para o ataque de drones foram realizados sob a orientação de especialistas britânicos na cidade portuária ucraniana de Ochakov, de acordo com o Ministério da Defesa russo. A Rússia destruiu uma base militar multimilionária construída e financiada pelos britânicos em Ochakov em um ataque com mísseis em fevereiro, durante os estágios iniciais de sua operação militar na Ucrânia.

3ª sabotagem: digitais de Londres por toda parte

O ataque a Sevastopol é a segunda denúncia de Moscou contra Londres em semanas por acusações relacionadas a terrorismo. Na semana passada, o Ministério da Defesa da Rússia concluiu que a Marinha Real Britânica participou do planejamento, organização e execução dos ataques do final de setembro à rede de gasodutos Nord Stream (Corrente do Norte).
Na terça-feira (1º), a representante do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, pediu para Londres explicar a misteriosa mensagem de texto “está feito” supostamente enviada pelo iPhone da ex-primeira-ministra Liz Truss ao secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, momentos após o Nord Stream ser atingido.
No início deste ano, a mídia ucraniana e ocidental informou que Moscou e Kiev pareciam estar à beira de um acordo de paz nesta primavera no Hemisfério Norte, mas que o agora ex-primeiro-ministro britânico Boris Johnson foi rapidamente despachado para a capital ucraniana para afundar qualquer possível acordo.
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