Foi assim que ele comentou uma proposta do ex-presidente da Conferência de Segurança de Munique, Wolfgang Ischinger, de criar um grupo de contato sobre a Ucrânia para “lançar o processo de paz”.
Na opinião do diplomata alemão, Washington, Londres, Paris e Berlim deveriam participar do mesmo.
“Oficialmente, não sabemos nada sobre esta iniciativa. […] Entretanto, a ideia de Ischinger levanta questões legítimas. Em primeiro lugar, porque todos os quatro países em questão são eles mesmos partes do conflito com a Rússia no território da Ucrânia”, disse o representante do MRE, especificando que tinha tomado conhecimento da proposta pela imprensa.
De acordo com a chancelaria russa, estes países têm fornecido armas e mercenários à Ucrânia, concedendo às Forças Armadas ucranianas dados de inteligência e realizando o treinamento de soldados ucranianos.
Além disso, eles impuseram sanções contra a Rússia, congelaram seus ativos no exterior, exigiram o estabelecimento de um tribunal para punir sua liderança e chantagearam os países amigos, impedindo-os de cooperar com Moscou.
A chancelaria também aponta que estes países já haviam se desacreditado quando apoiaram o golpe de Estado anticonstitucional em Kiev e sabotaram os acordos de Minsk.
“Com estas abordagens, os EUA, Reino Unido, França e Alemanha não podem pretender ser mediadores neutros no lançamento do processo de paz. Eles não estão interessados em resolver a crise e estão fazendo todo o possível para prolongar o confronto o máximo de tempo possível”, concluiu o representante do ministério.
Moscou acredita que uma solução verdadeiramente abrangente, justa e sustentável do conflito só é possível em resultado do fim das hostilidades e das entregas de armas ocidentais, do reconhecimento das novas realidades territoriais, da desmilitarização e desnazificação da Ucrânia.
Confirmação de seu status neutro de país não-alinhado, do cancelamento das sanções, da retirada das ações judiciais contra a Rússia, da restauração do status da língua russa, dos direitos das minorias étnicas e de relações amistosas com a Rússia e outros vizinhos ucranianos.
A Rússia declarou repetidamente que está pronta para negociar com Kiev, mesmo que as autoridades ucranianas tenham imposto uma proibição de eles próprios negociarem.
Ao mesmo tempo, os países ocidentais falam constantemente sobre a necessidade de continuar as operações militares e aumentar o fornecimento de armas.
O Kremlin tem sublinhado que a ajuda militar só vai prolongar o sofrimento do povo ucraniano.
Fonte: sputniknewsbrasil