Morte de cientista sino-americana é alerta para as políticas discriminatórias dos EUA, diz mídia


A história da neurocientista sino-americana Jane Y. Wu, que tirou a própria vida em 10 de julho, foi recentemente trazida aos holofotes novamente por uma matéria do South China Morning Post (SCMP). Embora nenhum resultado oficial da investigação sobre a causa do suicídio de Wu tenha sido anunciado ainda, a mídia argumenta que Wu, antes de sua morte, estava sob tremenda pressão, o que pode ter sido exacerbado pela investigação dos EUA sobre “pesquisadores suspeitos de terem laços não revelados com Pequim”.
De acordo com o Global Times (GT), a morte de Wu é uma grande perda para a comunidade científica. No entanto, o que ele mais simboliza é uma tragédia sob a supressão tecnológica desonesta dos EUA contra a China.
Segundo a apuração, muitos acreditam que a neurocientista nascida na China foi vítima da caça às bruxas de Washington contra cientistas relacionados à China nos EUA.
Os dados mostram que, nos últimos seis anos, mais de 250 pesquisadores nos EUA, a maioria de ascendência asiática, foram acusados de não divulgar seu trabalho efetuado na China que possa se sobrepor à sua pesquisa financiada pelos institutos nacionais de Saúde dos EUA ou de quebrar outras regras e, portanto, foram colocados sob investigação. Isso levou a apenas duas acusações e três condenações, mostrando que a maioria das alegações são, na verdade, infundadas. Entretanto, 112 cientistas perderam seus empregos como resultado dessa caça às bruxas.
Veículos se movem ao longo da linha de montagem do Chevrolet Bolt EV e EUV 2023 na General Motors Orion Assembly em Lake Orion, Michigan, 15 de junho de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 26.08.2024

A medida mais notória dessa política discriminatória é a “Iniciativa China” lançada pelo governo Donald Trump (2017-2021). Segundo o GT, ela é “uma ressurreição do macartismo”, sujeitando muitos pesquisadores chineses a tratamento injusto por causa de sua origem, fomentando, inclusive, a discriminação racial. Apesar de ter sido cancelada pelo governo de Joe Biden em 2022, seus sinais mostram que as autoridades dos EUA ainda a endossam tacitamente.
A morte de Wu deve servir como um alerta para os EUA, que estão constantemente buscando políticas científicas e tecnológicas mais extremas contra a China, ressalta a edição.
“Washington agora não vê mais a ciência e a tecnologia como uma questão puramente técnica, mas como algo que pode ser politizado e transformado em arma para suprimir a China.”
Os sinais que Washington tem demonstrado é de que os EUA desistiram da busca por uma cooperação científica e tecnológica mais próxima com a China e, em vez disso, estão “cavando buracos e colocando minas terrestres” para causar estragos em tal cooperação, o que significa uma tragédia para a relação entre os países e para a comunidade científica internacional, conclui o artigo.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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