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O publicitário, escritor e professor Roberto Duailibi, um dos nomes mais influentes da publicidade no Brasil, morreu nesta sexta-feira (18), aos 89 anos. Fundador da agência DPZ — uma das mais prestigiadas da história do setor no país —, Duailibi deixou um legado marcado por campanhas publicitárias icônicas e por sua contribuição na formação de profissionais da área. O velório será realizado neste sábado (19), das 9h às 16h, no Cemitério do Morumbi, em São Paulo.
Duailibi era o “D” da DPZ, agência que fundou em 1968 ao lado dos publicitários Francesc Petit e José Zaragoza. Ainda jovem, iniciou sua carreira na Colgate-Palmolive em 1952, mesmo ano em que seus futuros sócios, os espanhóis Petit e Zaragoza, chegaram ao Brasil. Natural de Campo Grande (MS), ele se mudou para São Paulo aos 12 anos e se formou pela Escola de Propaganda de São Paulo em 1956.
Antes de criar a DPZ, trabalhou em grandes agências como JWT, McCann Erickson e Standard Propaganda, onde chegou ao cargo de vice-presidente de criação. Em 1969, um ano após a fundação da DPZ, recebeu o título de “Publicitário do Ano” pelo Prêmio Colunistas. Sob sua liderança, a agência produziu campanhas históricas como o Garoto Bombril e o Baixinho da Kaiser, que marcaram gerações de consumidores.
Além de sua atuação em agências, Duailibi teve papel relevante na formação acadêmica e institucional do setor. Foi professor na ESPM e na Escola de Comunicações e Artes da USP, além de ter presidido a Associação Brasileira das Agências de Publicidade (ABAP) por dois mandatos. Também integrou conselhos de instituições como a Fundação Bienal de São Paulo e o Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo.
Duailibi destacou-se ainda como escritor e palestrante. Foi autor de livros como Criatividade & Marketing, escrito em parceria com Harry Simonsen Jr., no qual apresentou a chamada “régua heurística”, conceito voltado à inovação nas empresas. Em 2005, lançou Cartas a um Jovem Publicitário e, mais tarde, a coleção Ideias Poderosas, em coautoria com Marina Pechlivanis.
Fonte: gazetabrasil
