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Robert Redford, o aclamado ator e diretor que conquistou o público com filmes como “Nosso Amor de Ontem” e “Um Tira da Pesada”, faleceu nesta terça-feira (16) aos 89 anos. O vencedor de dois Oscars também dirigiu dramas complexos como “Gente como a Gente” e “Quiz Show” e fundou o Sundance Institute para promover o cinema independente.
A morte do ícone de Hollywood foi confirmada ao New York Times pela CEO da Rogers & Cowan PMK, Cindi Berger, que informou que Redford morreu enquanto dormia em sua casa em Utah. A causa da morte não foi divulgada.
Conhecido pelo cabelo loiro-avermelhado e por sua beleza jovial, a carreira de Redford em Hollywood durou mais de seis décadas. Ele foi agraciado com cinco Globos de Ouro, o Prêmio de Realização de Carreira do Sindicato dos Atores, o Kennedy Center Honors e a Medalha Presidencial da Liberdade.
Entre seus trabalhos mais memoráveis estão os papéis em “Butch Cassidy” (1969), “Golpe de Mestre” (1973), “Todos os Homens do Presidente” (1976), “O Melhor” (1984) e “Entre Dois Amores” (1985). “A ideia de ser ator era ter uma sensação de liberdade. Você era livre para ser, para atuar como outra pessoa”, disse Redford ao Collider em 2019.
Nascido em 18 de agosto de 1936, Charles Robert Redford Jr. cresceu no sul da Califórnia e teve uma juventude marcada pelo esporte. No entanto, ele lutou para encontrar seu próprio caminho. “Eu era um fracasso em tudo que tentei. Trabalhei como embalador de caixas em um supermercado e fui demitido. Depois, meu pai me arranjou um emprego na Standard Oil — demitido novamente”, contou em 1980 à revista Success.
Após a morte de sua mãe, Martha, em 1955, ele partiu para a Europa, onde se dedicou à arte. Em 1959, fez sua estreia na Broadway e, em 1963, alcançou o estrelato na peça “Descalços no Parque”. Ele reprisaria o papel em 1967 na adaptação cinematográfica, ao lado de Jane Fonda, sua frequente parceira de cena.
Embora tenha relutado em atuar com Barbra Streisand em “Nosso Amor de Ontem” por considerá-la “controladora”, o filme de 1973 foi um sucesso de bilheteria e lhe rendeu uma de suas parcerias mais icônicas.
Sua incursão na direção começou em 1980 com o aclamado “Gente como a Gente”, que lhe rendeu o Oscar de Melhor Diretor. Em 1994, dirigiu “Quiz Show”, que recebeu quatro indicações ao Oscar, incluindo Melhor Filme e Melhor Diretor.
Além de sua carreira, Redford foi um ativista ambiental de longa data. Em 1975, ele se tornou curador do Conselho de Defesa de Recursos Naturais. Em 2019, o ator chegou a se encontrar com o Papa Francisco no Vaticano para discutir a questão climática.
O legado de Redford também está intrinsecamente ligado ao Sundance Institute, que fundou em 1981 para apoiar cineastas independentes. O instituto deu origem ao Festival de Cinema de Sundance, um dos eventos mais importantes do cinema independente mundial.
A vida pessoal de Redford foi marcada por tragédias, como a perda de seu primeiro filho, Scott, em 1959, devido à síndrome da morte súbita infantil. Seu filho James, falecido em 2020, co-fundou com o pai o Redford Center, uma organização que usa o cinema para promover a justiça ambiental.
Redford se aposentou da atuação em 2018 com o filme “The Old Man & The Gun”. O ator deixa sua esposa, Sibylle Szaggars, e suas duas filhas.
Fonte: gazetabrasil