Ex-analista da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês), Ronald William Pelton ficou conhecido internacionalmente por supostamente ter ajudado os soviéticos durante a Guerra Fria.
O jornal The Guardian descreveu o analista como “o traidor mais prejudicial” dos EUA, citando que ele era um especialista em comunicações de inteligência, responsável por vazar para a inteligência soviética a “Operação Ivy Bells”, um plano apresentado pela NSA e pela Marinha dos EUA para grampear os cabos de comunicação subaquáticos dos soviéticos.
Em novembro de 1985, Ronald William Pelton foi preso nos EUA acusado de vender segredos do governo à União Soviética. Ele passou cerca de três décadas na prisão.
Os crimes de Pelton incluíam vender segredos de defesa e comunicação por mais de US$ 35 mil na época. Seu advogado sustenta que “ele traiu os EUA porque estava passando por dificuldades financeiras”.
Um suposto agente soviético da KGB, que desertou, denunciou Pelton aos investigadores, facilitando a obtenção de provas para sua acusação. Apesar de pedir clemência, Pelton recebeu três sentenças de prisão perpétua.
Na época em que foi preso, o juiz federal responsável pela sentença disse que Pelton cometeu “um dos crimes mais graves do código penal dos EUA“.