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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou neste sábado (19) a inclusão de publicações feitas por Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nas redes sociais em uma investigação que apura a atuação do deputado federal licenciado nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras.
Segundo Moraes, após a Polícia Federal cumprir mandados de busca na residência do ex-presidente Jair Bolsonaro, o filho dele “intensificou as condutas ilícitas objeto destas investigações, por meio de diversas postagens e ataques ao STF nas redes sociais”.
O ministro citou três postagens específicas. Em uma delas, Eduardo chama Moraes de “ditador” em uma nota à imprensa publicada no Facebook, afirmando ainda que as medidas judiciais foram feitas para “fazer do meu pai um refém”.
Outra publicação, feita no X (antigo Twitter), mostra uma montagem com a imagem do ministro e a frase: “Talvez o Moraes não sabe se o Filipe Martins foi ou não aos EUA, mas agora todo mundo sabe que o Moraes não vai!”. A frase faz referência à revogação do visto americano de Moraes, anunciada pelo senador republicano Marco Rubio.
Talvez o Moraes não sabe se o Filipe Martins foi ou não aos EUA, mas agora todo mundo sabe que o Moraes não vai! pic.twitter.com/KJFpETm7Lx
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) July 19, 2025
A terceira postagem mencionada é uma entrevista em que Eduardo afirma que o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, “não vai recuar” — em mais uma tentativa de mostrar apoio internacional à sua família.
Eduardo Bolsonaro é investigado por coação no curso do processo, obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa e abolição violenta do Estado democrático de Direito. O inquérito contra ele foi aberto por decisão de Moraes em 26 de maio, com base em supostas ações praticadas nos EUA contra autoridades brasileiras. No último dia 7 de julho, o ministro prorrogou a apuração por mais 60 dias.
Na sexta-feira (18), Moraes também impôs novas medidas cautelares a Jair Bolsonaro, entre elas o uso de tornozeleira eletrônica e o cumprimento de recolhimento domiciliar noturno, das 19h às 6h em dias úteis, e integralmente aos fins de semana e feriados. O ex-presidente está ainda proibido de usar redes sociais, manter contato com o filho Eduardo, com diplomatas e de visitar embaixadas.
As medidas foram solicitadas pela Polícia Federal e receberam parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR). Jair Bolsonaro é acusado de coação, obstrução de investigações e atentado à soberania nacional após o governo de Donald Trump anunciar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros.
Fonte: gazetabrasil