Monte Everest está tendo um ‘surto de crescimento’ por ano, revela pesquisa


Visto como a maior façanha já realizada por qualquer grande alpinista, o Everest, que tem atualmente 8.849 metros de altura, está crescendo graças à erosão causada pelos rios vizinhos, escreveram pesquisadores em um estudo recente publicado na revista Nature Geoscience.
Segundo Jingen Dai, coautor de um estudo da Universidade de Geociências, em Pequim, na China, o Everest é uma espécie de anomalia afetado por efeitos geológicos contínuos que influenciam diretamente sua altura, fazendo com que seu pico seja cerca de 250 metros mais alto do que as outras montanhas mais altas do Himalaia.
O Himalaia se formou há cerca de 50 milhões de anos, quando o subcontinente indiano colidiu com a placa tectônica eurasiana — embora pesquisas recentes tenham sugerido que as bordas dessas placas já eram muito altas antes da colisão.
Com o processo ainda em andamento, a cadeia de montanhas continua sendo empurrada para cima, embora deslizamentos de terra e outros eventos signifiquem que rochas também estão sendo perdidas.
Os resultados da recente pesquisa, no entanto, demonstram que, há cerca de 89.000 anos, o curso superior do rio Arun, que fica a norte do Everest — e que teria fluído para o leste no planalto tibetano — se fundiu com o seu curso inferior, como resultado da erosão deste último para o norte.
Vista da ilha de Galápagos - Sputnik Brasil, 1920, 20.12.2021

Foi quando a equipe sugeriu, então, que esta alteração resultou em um aumento da erosão do rio perto do Everest e na formação do desfiladeiro do rio Arun.
Na prática, a redução gradual do peso na crosta terrestre levou a uma elevação da terra ao redor do Monte Everest, um processo relativamente raro conhecido como recuperação isostática, de acordo com os cientistas.

A equipe estima que o processo está impulsionando o Everest para cima em cerca de 0,16 mm a 0,53 mm por ano, com seus picos vizinhos Lhotse e Makalu, o quarto e o quinto picos mais altos do mundo, respectivamente, experimentando uma elevação semelhante.

“Este efeito não continuará indefinidamente”, disse Dai, citado pelo The Guardian. “O processo continuará até que o sistema fluvial atinja um novo estado de equilíbrio.”
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Fonte: sputniknewsbrasil

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