A mídia moldava informou que Markell foi detido no aeroporto de Chisinau na última quinta (17) para uma longa verificação de segurança e perdeu seu voo para Israel, onde pretendia participar da tradicional cerimônia do Fogo Sagrado. Markell disse a repórteres que tentaria novamente embarcar para Jerusalém, no entanto, segundo um correspondente da Sputnik, o arcebispo foi mais uma vez impedido de embarcar.
“Isso é o cúmulo do cinismo, um absoluto desrespeito das autoridades moldavas para com seu povo, com os fiéis. Conheço há muito tempo o estimado arcebispo Markell como uma pessoa muito inteligente, muito sensata, um patriota, um cidadão moldavo que defende não apenas a preservação da fé ortodoxa, mas também a soberania da Moldávia. Está claro que o arcebispo Markell, sendo um dos mais destacados representantes da Igreja Ortodoxa Moldava do Patriarcado Russo, foi deliberadamente submetido a essas represálias”, afirmou Shapovalov.
Segundo Shapovalov, as autoridades moldavas têm apoiado ativamente e promovido a Igreja Ortodoxa Romena. “Isso é um ato de divisão artificial da igreja, uma medida que visa provocar hostilidade entre diferentes grupos confessionais. Não é segredo que nossa presidente, Maia Sandu, só frequenta as paróquias da Igreja Metropolitana da Bessarábia [Igreja Ortodoxa Romena]. É muito desagradável ver as autoridades tentando colocar duas igrejas uma contra a outra, isso é uma provocação pura e simples”, acrescentou.
A Igreja Ortodoxa da Moldávia é uma parte autônoma da Igreja Ortodoxa Russa e reúne 70% dos residentes do país e da região separatista da Transnístria.
Fonte: sputniknewsbrasil