O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) publicou nesta quarta-feira (30/8) chamamento público para apoiar pesquisa de produção de colágeno de jumento sem abate animal. As propostas podem ser enviadas por meio da plataforma TransfereGov.
O fim do abate de jumentos foi uma das propostas sociais mais votadas entre os temas relacionados ao MMA no Plano Plurianual (PPA) Participativo. A pesquisa pode contribuir para o fim da prática e, ao mesmo tempo, gerar renda para o Nordeste.
O desenvolvimento de alternativas sustentáveis para a produção de colágeno é essencial, frente à crescente demanda pelo componente na indústria cosmética, farmacêutica e de alimentos. Atualmente, a obtenção de colágeno é realizada por meio do abate, o que causa impactos socioambientais significativos, além de riscos de biossegurança e propagação de doenças.
A população de jumentos no Brasil está em declínio, e a espécie em perigo de extinção devido à exploração extrativista predatória. A pesquisa prospectiva busca fomentar técnicas de produção de colágeno de jumento sem abate, por métodos como agricultura celular e fermentação de precisão.
A produção de colágeno de jumento sem abate pode render cerca de R$ 2 bilhões ao ano para o Nordeste e ajudar a suprir a demanda internacional nas indústrias alimentícia e de cosméticos. Pode ainda ser o primeiro passo para o desenvolvimento de várias alternativas que hoje são responsáveis pela exploração de animais ameaçados, como barbatanas de tubarões e chifres de rinocerontes.
O chamamento é uma iniciativa do Departamento de Produção, Defesa e Direitos Animais, vinculado à Secretaria Nacional de Biodiversidade, Florestas e Direitos Animais do MMA.
As propostas poderão ser enviadas por meio da plataforma TransfereGov de 13 a 18/9/2023.
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Fonte: gov.br
