O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) aprovou, no início deste mês, a celebração de um termo de execução descentralizada com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para apoiar a segunda chamada pública do programa Centro de Síntese em Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (SinBiose).
O diretor do Departamento de Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade da Secretaria Nacional de Biodiversidade, Florestas e Direitos Animais do MMA, Braulio Ferreira de Souza Dias, explica que a medida reafirma o papel estratégico da pasta em estimular a produção científica para a conservação da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos, em especial sobre as interações entre biodiversidade e mudança do clima, em sintonia com o Plano Nacional de Adaptação da Biodiversidade.
“A parceria com o CNPq fortalece a capacidade do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima de tomar decisões mais fundamentadas para a conservação da biodiversidade, com base no conhecimento científico. Trata-se de um investimento estratégico que transforma ciência em políticas públicas efetivas”, afirmou.
O aporte do MMA será de R$ 400 mil, provenientes da ação orçamentária dedicada à implementação de políticas para biodiversidade, vegetação nativa e áreas protegidas. O recurso soma-se aos R$ 5,6 milhões investidos pelo CNPq e ao apoio do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap). Há ainda a possibilidade de recursos adicionais de fundações estaduais. Com isso, o edital disponibiliza o total de R$ 6 milhões, mais que o dobro do valor da primeira chamada do SinBiose, que foi R$ 2,7 milhões.
O SinBiose é um programa inovador voltado à chamada “ciência de síntese”, que integra dados e informações de diferentes disciplinas para gerar conhecimento aplicável às políticas públicas. O objetivo é transformar grandes volumes de dados científicos em análises estratégicas para subsidiar decisões em áreas como conservação da biodiversidade, adaptação climática, restauração ambiental e segurança alimentar.
Nesta segunda chamada, além de apoiar projetos de síntese de conhecimento, o edital traz uma novidade: o financiamento exclusivo de um projeto de comunicação científica, no valor de até R$ 400 mil. A proposta visa aproximar a produção acadêmica da sociedade e dos formuladores de políticas públicas, fortalecendo a ponte entre ciência e decisão.
Participação
As propostas poderão ser submetidas até 9 de outubro, na Plataforma Integrada Carlos Chagas. Os projetos deverão abordar temas prioritários como impactos da mudança do clima sobre a biodiversidade; restauração ambiental e segurança alimentar; e integração entre biodiversidade e desenvolvimento sustentável.
A iniciativa é voltada para pesquisadores com título de doutor, com atuação como coordenadores de projeto, que tenham currículo atualizado na Plataforma Lattes até a data-limite da submissão; possuam vínculo celetista ou estatutário com a instituição de execução (ou, se aposentados, comprovem atividades acadêmico-científicas em andamento e apresentem declaração institucional); e que não estejam inadimplentes com o CNPq ou com a administração pública federal.
As equipes de projeto podem incluir pesquisadores, alunos, técnicos e colaboradores. Além disso, devem contemplar diversidade de gênero, étnico-racial, regional, cultural e de carreira e, quando possível, cooperação internacional.
Já as instituições de execução devem estar cadastradas no Diretório de Instituições do CNPq e podem ser Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação (ICTs); instituições privadas sem fins lucrativos constituídas no Brasil; empresas públicas ou organizações da sociedade civil sem fins lucrativos.
Acesse aqui a íntegra da chamada.
Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail atendimento@cnpq.br.
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Fonte: gov.br