O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) é um dos órgãos apoiadores da campanha global que promove a conscientização de cidades e comunidade para proteção das aves migratórias, consideradas essenciais para a conservação da biodiversidade global. A iniciativa é divulgada pelo Secretariado da Convenção sobre a Conservação das Espécies Migratórias de Animais Silvestres (CMS), da qual o Brasil é signatário.
Com o tema “Espaços compartilhados: criando cidades e comunidades acolhedoras para as aves”, a edição de 2025 chama atenção para a importância de integrar a conservação da biodiversidade ao planejamento urbano e à vida cotidiana das pessoas.
Todos os anos, as aves migratórias percorrem milhares de quilômetros, cruzando fronteiras e ecossistemas. Em suas jornadas, dependem de áreas seguras para repouso, alimentação e reprodução, e muitas delas cruzam áreas urbanas em constante expansão, onde a presença humana altera o ambiente natural.
Essa migração é cíclica, ocorrendo de forma mais expressiva no outono e na primavera. Por isso, a campanha é celebrada no segundo sábado de maio e no segundo sábado de outubro, este celebrado no último sábado (11/10).
Nessas datas, a Organização das Nações Unidas (ONU) celebra o Dia Mundial das Aves Migratórias. Com o apoio do MMA, a ação convida governos, comunidades e cidadãos a refletirem sobre como cada cidade pode se tornar também um espaço para a vida silvestre.
“A conservação das espécies migratórias exige cooperação internacional e também compromisso local. Cuidar das aves que cruzam o nosso céu é oferecer a elas uma passagem segura e um ambiente com qualidade onde possam chegar e completar seus ciclos de vida. É nossa responsabilidade compartilhada cuidar dessas espécies migrantes”, destacou a secretária nacional de Biodiversidade, Florestas e Direitos Animais do MMA, Rita Mesquita.
Em 2025, a campanha reforça o princípio de que a proteção das aves migratórias está diretamente ligada à qualidade ambiental dos espaços que compartilhamos. Pequenas ações no cotidiano podem fazer diferença: plantar espécies nativas que ofereçam abrigo e alimento, reduzir a iluminação noturna para evitar interferência nas rotas, proteger os insetos, manter o controle sobre animais domésticos e diminuir o uso de plásticos são atitudes que tornam as cidades mais acolhedoras para a fauna silvestre.
A iniciativa é realizada em parceria com a Environment for the Americas (EFTA) e o African-Eurasian Waterbird Agreement (AEWA), e conta com o apoio de governos, instituições científicas e organizações da sociedade civil em todo o mundo.
Proteção das aves
Segundo o último Relatório de Áreas de Concentração de Aves Migratórias no Brasil, elaborado pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (Cemave), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) em 2022, pouco mais de 10% das aves do Brasil são atualmente definidas como migratórias, mas novos estudos podem revelar mais espécies realizando este comportamento.
Algumas espécies migratórias têm suas rotas restritas ao território nacional, enquanto outras deslocam-se por diversos países. Neste último caso, é fundamental a cooperação internacional para garantir a conservação tanto das áreas de reprodução, quanto das de invernada, bem como a conectividade ao longo de toda a rota de migração.
O Brasil está incluído em três instrumentos de cooperação internacional da CMS voltados à proteção de aves, são eles: o Acordo para a Conservação de Albatrozes e Petréis (ACAP), o Memorando de Entendimento para Conservação das Aves dos Campos Sulinos (MdE Pastizales) e a Força-Tarefa para Rotas Migratórias das Américas. Além disso, participa da Força-Tarefa sobre Energia, uma plataforma multissetorial que trabalha para conciliar o desenvolvimento de energia renovável com a conservação de espécies migratórias.
Com a participação do Ministério das Relações Exteriores (MRE), MMA, Ibama e ICMBio, essas iniciativas reforçam o compromisso do Brasil com a conservação da biodiversidade e o cumprimento das metas globais acordadas na Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) e na CMS.
Em 2026, o país sediará a 15ª Conferência das Partes da CMS (COP 15), em Campo Grande (MS), consolidando seu papel de liderança nas ações internacionais voltadas à proteção das espécies migratórias e de seus ecossistemas.
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Fonte: gov.br