Um aviso de suspeita do Departamento Anticorrupção da Ucrânia (NABU, na sigla em inglês), foi emitido nesta terça-feira (23) contra Nikolai Solsky, que supervisionou as exportações de grãos da Ucrânia desde que assumiu o cargo em fevereiro de 2022.
O esquema vinculado a Solsky envolve a apreensão de cerca de 2.500 hectares de terras na região de Sumy, no norte da Ucrânia, no valor estimado de US$ 7 milhões (R$ 36 milhões) entre 2017 e 2021, disse o NABU, citado pela Bloomberg.
Os investigadores frustraram outra tentativa de apropriação de terras no valor de mais US$ 4,81 milhões (R$ 24,7 milhões), disse o órgão de fiscalização.
Solsky negou qualquer irregularidade e disse que “garante abertura” às autoridades para atividades que ocorreram antes de sua posse, relata a mídia. Ele disse também que as terras sob escrutínio fazem parte de uma disputa legal entre empresas estatais e indivíduos.
A Ucrânia tem lutado contra a corrupção endêmica há mais de três décadas. Mas desde o começo da operação russa, a questão tornou-se mais urgente, especialmente para os doadores internacionais que enviam milhares de milhões para manter a economia devastada pelo conflito.
A indignação pública em relação à corrupção também desempenhou um papel na arena política. Autoridades anticorrupção abriram no ano passado uma investigação sobre suspeitas de compras de alimentos a preços inflacionados para regiões atingidas pelo conflito, uma investigação que envolveu o vice de Solsky, Taras Vysotsky. O ministério negou as acusações.
O presidente Vladimir Zelensky demitiu o seu ministro da Defesa, Aleksei Reznikov, como parte da maior remodelação do gabinete durante o conflito no ano passado.
O antigo chefe da Defesa rejeitou durante muito tempo as acusações de corrupção em aquisições militares por parte de subordinados, segundo a mídia.
Acompanhe as notícias que a grande mídia não mostra!
Fonte: sputniknewsbrasil