Ministro quer socorro permanente às companhias aéreas semelhante ao agronegócio


O ministro Silvio Costa Filho, de Portos e Aeroportos, defendeu nesta segunda (25) a criação de uma linha de crédito permanente para socorrer as companhias aéreas em momentos de crise, em paralelo às existentes para outros setores, como o agronegócio. O anúncio foi feito durante a apresentação da reformulação do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, que receberá R$ 2 bilhões em investimentos.

Costa Filho afirmou que o pacote de crédito –
semelhante ao Plano Safra, oferecido anualmente ao agronegócio – será discutido
em abril com o Ministério da Fazenda e o Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES), mas que a pasta já começou a se reunir com as
companhias aéreas desde a semana passada.

“Da mesma forma que o agronegócio tem uma agenda
de crédito, como o setor da indústria e o da tecnologia da informação, é
natural e importante que as companhias aéreas no Brasil possam ter esse crédito.
[…] É natural e importante que as companhias aéreas no Brasil possam ter esse
crédito, isso dá previsibilidade e elas se estruturam para comprar aeronaves”,
disse.

O ministro salientou que essa linha de crédito é uma determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e visa atender às necessidades da aviação brasileira.

O setor aéreo tem enfrentado uma forte crise desde a pandemia, como os pedidos de recuperação judicial da Latam e da Gol. A crítica ao governo é de que não houve ajuda às companhias durante a emergência sanitária como ocorreu nos Estados Unidos e na Europa.

As conversas do governo com as companhias estão
sendo conduzidas, diz o ministro, pelo secretário Guilherme Mello, de Políticas
Econômicas do Ministério da Fazenda. Ainda não há mais detalhes sobre o plano,
que serão definidos a partir destas discussões.

“A partir daí a gente formata uma proposta que possa atender ao setor da aviação brasileira. Essa é uma determinação e um desejo do presidente Lula”, completou Costa Filho.

Em relação aos investimentos no setor, o ministro mencionou uma projeção de mais de R$ 10 bilhões em investimentos privados nos próximos cinco anos. Parte desse montante está vinculada à concessão do aeroporto de Congonhas à empresa espanhola Aena, que prevê investimentos da ordem de R$ 2 bilhões ao longo do período.

Fonte: gazetadopovo

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