“Temos uma cooperação muito abrangente no campo da energia. Para nós, é extremamente importante garantir que o fornecimento de energia para o país seja seguro. Gostaríamos de evitar uma situação em que qualquer família ou empresa húngara seja limitada no uso de gás ou produtos petrolíferos”, disse Szijjarto a jornalistas após a reunião com o ministro russo das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, à margem da 77ª sessão da Assembleia Geral da ONU.
O ministro observou que a cooperação da Hungria com a Gazprom “vem acontecendo de forma muito estreita”, acrescentando que Budapeste tem recebido “um volume crescente de entregas diárias de gás” desde 1º de setembro. Além disso, Szijjarto informou que 5,8 milhões de metros cúbicos adicionais de gás russo vêm através do gasoduto TurkStream, acrescentando que o TurkStream “é basicamente a única via de entrega segura, confiável e previsível atualmente”.
“Hoje, expressei meu apreço tanto à Bulgária quanto à Sérvia por garantirem o trânsito seguro e, claro, aos colegas turcos também. E esperamos que essa cooperação com a Gazprom continue de acordo com o contrato que assinamos”, disse o ministro das Relações Exteriores.
Em setembro de 2021, a Hungria e a Gazprom fecharam um acordo envolvendo suprimentos de 4,5 bilhões de metros cúbicos de gás anualmente para os 15 anos seguintes. O contrato provocou um protesto entre as nações ocidentais, enquanto Kiev alegou que ela minava o status da Ucrânia como país de trânsito. Em resposta, Budapeste disse que a Hungria é um país soberano e decide por si próprio onde comprar gás e como recebê-lo.
No final de agosto, Szijjarto informou que Budapeste chegou a um acordo com a Gazprom sobre o fornecimento de mais 5,8 milhões de metros cúbicos de gás diariamente a partir de 1º de setembro.
