É hora de todos os países envolvidos no conflito na Ucrânia começarem a buscar uma solução pacífica para a crise.
É o que afirmou o ministro da Defesa italiano, Guido Crosetto, neste sábado (24), durante uma visita ao contingente italiano baseado em Camp Adazi, na Letônia. Segundo noticiou a agência ANSA, a visita teve o intuito de fortalecer a moral do contingente, que luta em prol da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
Crosetto sublinhou que o conflito já se encaminha para o segundo ano, e que chegou o momento de abrir uma frente diplomática para tentar alcançar aquilo que não foi conquistado por meio de armas.
“A guerra já dura quase dois anos e penso que, paralelamente ao compromisso e apoio militar a Kiev, é importante traçar caminhos que conduzam a uma solução política”, disse o ministro.
Ele acrescentou que, até o momento, foi alcançado apenas o que chamou de “preservação da Ucrânia”.
Apesar de defender uma saída política para o conflito, Crosetto tornou a ecoar a posição ocidental ao afirmar que o que existia antes do conflito no território da Ucrânia deve ser restaurado, em referência aos territórios da República Popular de Donetsk (RPD) e da República Popular de Lugansk (RPL), liberados do domínio de Kiev pela Rússia.
Os Estados da OTAN, principalmente os EUA, principal aliado do regime ucraniano, insistem em manter o apoio militar à Ucrânia no conflito, enquanto trabalham pela adesão do país à aliança militar.
A Rússia, entretanto, afirmou repetidas vezes que considera a aproximação da OTAN para perto de suas fronteiras como uma provocação e uma ameaça. Moscou ressalta que a aproximação da Ucrânia com a OTAN é uma das principais razões do conflito atual.
Esta não é a primeira vez que Crosetto defende uma saída política para o conflito ucraniano. Em outubro, ele afirmou que as hostilidades entre Kiev e Moscou dificilmente seriam resolvidas no campo de batalha, e alertou para o esgotamento de recursos a serem enviados para a Ucrânia. Na ocasião, o ministro disse que “quanto mais o tempo passa, mais diminui a possibilidade de ajudar a Ucrânia com recursos que não são ilimitados”.
Fonte: sputniknewsbrasil