Antes de uma reunião dos chanceleres da União Europeia (UE) em Bruxelas, nesta terça-feira (30), Colonna declarou que é importante separar o presidente russo e seu círculo, que apoiam a operação militar da Rússia na Ucrânia, dos cidadãos russos, como estudantes e jornalistas.
“Os primeiros são responsáveis pela guerra, os últimos não”, disse a ministra a repórteres.
Segundo a ministra, a França quer continuar mantendo laços com o povo russo, ressaltando que empresários russos próximos de Putin já estão sujeitos a sanções e, portanto, não podem viajar para a Europa.
O porta-voz do governo, Olivier Véran, disse anteriormente que Paris não tinha uma posição clara sobre a proposta de proibir a emissão de vistos Schengen a russos e indicou que a questão será discutida a nível europeu.
O chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, comentou que os países da UE atualmente não têm uma posição comum sobre a emissão de vistos para cidadãos russos.
A questão do visto será discutida em uma reunião informal dos ministros das Relações Exteriores da UE em Praga, na República Tcheca, entre hoje (30) e amanhã (31).
A Comissão Europeia disse à Sputnik que os Estados-membros da UE podem limitar a emissão de vistos por conta própria, mas sempre haverá categorias que devem receber vistos, por exemplo parentes que permanecem na UE e jornalistas ou dissidentes — casos humanitários também são passíveis de liberação.
Recentemente, cresceu no Ocidente um movimento para bloquear a entrada de russos na Europa. Entre os países que já anunciaram a suspensão de vistos para russos estão Letônia, Lituânia, Estônia, República Tcheca, Eslováquia e Países Baixos. Porém não é uma suspensão total: em quase todos os casos há exceções por motivos de estudo ou comparecimento a funerais de parentes próximos.
Moscou classifica as decisões de uma demonstração chauvinista. Segundo declarou o departamento de informação e imprensa da chancelaria russa, se a medida fosse aprovada pelas autoridades europeias, haveria consequências.
O Kremlin afirmou anteriormente que, se os vistos Schengen para seus cidadãos forem suspensos, a Rússia reagirá “muito negativamente” e tomará contramedidas.