Ministério da Defesa do Reino Unido é multado por violação de dados de 265 pessoas no Afeganistão


O Escritório do Comissário de Informação (ICO, na sigla em inglês) britânico multou o Ministério da Defesa depois que um erro fez com que os endereços de e-mail de 265 de pessoas, incluindo intérpretes afegãos, fossem incluídos abertamente no campo “para”, em vez de copiados de forma oculta.

“Esta violação de dados profundamente lamentável decepcionou aqueles a quem o nosso país tanto deve”, disse John Edwards, comissário de informação do Reino Unido citado pelo canal France 24.

A situação veio à tona pela primeira vez em setembro de 2021, logo após a tomada do Afeganistão pelo Talibã (organização sob sanções da ONU por atividade terrorista) e os esforços caóticos para evacuar pessoas vulneráveis ​​do país, mas só agora saiu a sentença da multa.
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O plano de evacuação britânico do Afeganistão foi amplamente criticado, com o governo acusado pelos deputados de “falhas sistêmicas de liderança, planejamento e preparação”.

“Os dados divulgados, caso tivessem caído nas mãos dos talibãs, poderiam ter resultado em uma ameaça à vida”, disse Edwards, acrescentando que as pessoas afetadas “eram vulneráveis ​​a represálias e ao risco de graves danos”, e que as condições “muito desafiadoras” no terreno não era desculpa “para não proteger as informações pessoais”.

Entre as 245 pessoas que tiveram seus dados divulgados inadvertidamente, 55 tinham fotos em miniatura em seus perfis de e-mail. Os destinatários foram instruídos a excluir o e-mail, alterar seu endereço de e-mail e informar à equipe responsável pela realocação seus novos dados por meio de um formulário seguro.
Quando o caso veio à tona, Ben Wallace, que era ministro da Defesa na época, pediu desculpas e revelou que um funcionário havia sido suspenso.
A ICO disse que reduziu a multa de £ 1 milhão (R$ 6,2 milhões) para £ 700 mil (R$ 4,3 milhões) por causa da resposta imediata do Ministério da Defesa ao erro, e depois reduziu ainda mais, por se tratar de um órgão público.

Fonte: sputniknewsbrasil

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