O Ministério da Defesa da Armênia informou que as Forças Armadas do Azerbaijão bombardearam o território da Armênia, perto da fronteira entre os dois países, usando artilharia e drones.
“Às 00h05 [17h05 em Brasília] de 13 de setembro, unidades das Forças Armadas do Azerbaijão iniciaram bombardeios intensos de artilharia e armas pequenas e de grande calibre na direção de posições armênias perto de Goris, Sotk e Jermuk”, disse o ministério em comunicado.
O Ministério da Defesa do Azerbaijão confirmou o ataque e disse se tratar de uma resposta a uma “provocação” por parte das Forças Armadas da Armênia.
“Na noite de 12 de setembro, unidades das Forças Armadas da Armênia realizaram uma provocação em larga escala nas direções de Dashkesan, Kalbajar e Lachin, na fronteira entre Azerbaijão e Armênia”.
Segundo o comunicado, as forças armênias lançaram ataques em direção assentamentos azerbaijanos na região, com armas de vários calibres e morteiros. “Como resultado, houve perdas e a infraestrutura militar foi danificada”, disse a assessoria de imprensa da pasta.
Desde o início do século XX, quando ainda pertenciam ao Império Russo, Armênia e Azerbaijão travam uma disputa pelo controle de Nagorno-Karabakh, também conhecido como Alto Carabaque, uma região montanhosa situada na fronteira entre os dois países.
Em 1922, os dois países passaram a fazer parte da União Soviética (URSS), e as disputas permaneceram sob controle até o colapso do país, em 1991. Após se tornarem novamente independentes, as disputas pela região reacenderam. Um cessar-fogo foi assinado entre as partes em 1994, mas o documento é constantemente desrespeitado. Em 2020, os confrontos tornaram a se agravar.