Novas informações sobre o aquecimento da produção de aço na China mudaram o curso das cotações do minério de ferro, que passaram a operar em alta, na tarde desta quinta-feira (9), depois de superarem a cautela inicial da manhã, em razão da ‘desaceleração da inflação ao consumidor da no gigante asiático no mês passado, assim como pelo recuo observado no volume de transações de produtos de aço para construção civil, na véspera.
O viés positivo reflete, ainda, a intenção de Pequim de ampliar o crescimento econômico da superpotência asiática, que registrou avanço do PIB local, considerado ‘modesto’ pelo mercado, pouco acima de 5%, no ano passado.
Enquanto o contrato futuro de minério de ferro para maio mais negociado na Dalian Commodity Exchange da China fechou as negociações do dia em alta de 0,6% a 916.5 iuanes ou US$ 131,45 a toneladas, a commodity de referência para abril, na Bolsa de Cingapura subiu 0,09%, a R$ 126,95 a tonelada.
Ao mesmo tempo, o somatório da produção dos cinco principais produtos de aço (vergalhão, fio-máquina, bobina a quente, bobina a frio e chapa grossa média) apresentou avanço de 49 mil toneladas, ante a semana anterior, atingindo 9,52 milhões de toneladas hoje (9), apontaram dados da consultoria Mysteel.
Na avaliação do analista sênior de minério de ferro da Mysteel, em Xangai, Yu Chen, “a demanda downstream de aço vem se recuperando continuamente, dando suporte persistente ao mercado ferroso no curto prazo”.
Para o diretor de pesquisa do mercado ferroso da consultoria SMM, Yao Xinying, “acreditamos que os fundamentos (do mercado ferroso) ficarão estáveis ou em linha com as expectativas no curto prazo. E a produção de metal quente atingirá gradualmente o pico em março”.
De acordo com um analista de Pequim, que preferiu o anonimato, “os ganhos vistos à tarde são principalmente porque o sentimento melhorou, com um aumento superior ao esperado na demanda aparente de vergalhão”. Exemplo desse movimento de valorização, na Bolsa de Futuros de Xangai, o vergalhão teve alta de 1,46% para 4.313 iuanes por tonelada, a bobina laminada a quente cresceu 1,36%, e o fio-máquina aumentou 0,84%.
Fonte: capitalist
