Por Amy Lv e Lewis Jackson
PEQUIM (Reuters) – Os contratos futuros do minério de ferro caíram nesta sexta-feira, prejudicados pela diminuição da demanda e pelo aumento dos estoques na China, mas as esperanças de um acordo comercial entre as duas maiores economias do mundo mantiveram os preços no caminho certo para ganhos semanais e mensais.
O contrato de janeiro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou a sessão do dia com queda de 0,56%, a 800 iuanes (US$112,31) a tonelada. O contrato registrou um ganho semanal de 3,7%.
O minério de ferro de referência de dezembro na Bolsa de Cingapura recuava 0,19%, para US$106,25 a tonelada, mas na semana subiu 2,4% até o momento.
Ambos os índices de referência registraram um ganho mensal próximo de 2% com o otimismo associado a um acordo comercial após reunião entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente chinês, Xi Jinping, na quinta-feira.
Após a reunião, Trump disse que havia concordado com Xi em reduzir as tarifas sobre a China em troca de Pequim reprimir o comércio ilícito de fentanil, retomar as compras de soja dos EUA e manter o fluxo de exportações de terras raras.
Os fatores de impulso macroeconômico perderam força após a reunião entre Trump e Xi, disseram analistas da corretora First Futures. Porém, como isso já havia sido totalmente precificado, os investidores voltaram a se concentrar nos fundamentos de mercado enfraquecidos do principal ingrediente da fabricação de aço.
A produção média diária de metal quente, um indicador da demanda de minério de ferro, caiu 1,5% em relação à semana anterior, para 2,36 milhões de toneladas em 30 de outubro, enquanto os estoques portuários aumentaram 0,8% no mesmo período, segundo dados da consultoria Mysteel.
Os dados pessimistas pressionaram ainda mais os preços, com a atividade fabril da China encolhendo pelo sétimo mês em outubro, segundo uma pesquisa oficial divulgada na sexta-feira.
(Reportagem de Amy Lv e Lewis Jackson)
Fonte: noticiasagricolas






