Os preços do milho continuam caindo na B3 no pregão desta quarta-feira (16) ao monitorarem o desenvolvimento da safrinha e as previsões indicando condições melhores para as lavouras nos próximos dias em regiões-chave de produção. Assim, perto de 12h15 (horário de Brasília), as baixas passavam de 1% entre os contratos mais negociados, com o maio valendo R$ 77,18 e o setembro, R$ 70,76 por saca.
Os mapas climáticos atualizados apontam que, ao longo de todo mês de abril, as chuvas deverão continuar a ser registradas nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Matopiba, favorecendo o desenvolvimentos dos campos de milho ou até mesmo permitindo a recuperação das lavouras onde ainda é possível. Por outro lado, há locais onde as perdas já são irreversíveis, o que reforça o cenário de que a segunda safra de milho do Brasil não deverá alcançar o que foi inicialmente estimado.
Segundo Lucas Schauff, diretor técnico da APEPA (Associação Paranaense de Planejamento Agropecuário) em entrevista ao Realidades das Safras nesta quarta, o Paraná já tem perdas de 10 em sua safrinha de milho e está em alerta agora sobre a possibilidade de geadas no estado.
Em Cruzália/SP, as expectativas também são de que o potencial produtivo do cereal seja menor nesta temporada em função das adversidades climáticas que já sofreu, como relatou o produtor local, Anderson Rodrigo Totti.
A inversão de sinal do dólar também pesa sobre os futuros do milho na B3. A moeda americana recuava no início da tarde de hoje, perdendo 0,5% para ser cotada a R$ 5,86.
BOLSA DE CHICAGO
Na Bolsa de Chicago, o milho tem uma sessão de leves altas entre os principais vencimentos. Perto de 12h30 (horário de Brasília), as cotações subiam timidamente, de 1,25 a 2 pontos, com o maio valendo US$ 4,82 e o setembro, US$ 4,58 por bushel. Os futuros do milho acompanhavam altas generalizadas entre as commodities agrícolas negociadas nas bolsas internacionais nesta quarta-feira, em especial com bons ganhos sendo registrados também pelo trigo, além da soja em grão, farelo e óleo.
O mercado não só acompanha o fluxo positivo das commodities, como mantém-se atento ainda ao quadro da guerra comercial e, principalmente neste momento, ao desenvolvimento do clima nos Estados Unidos para a safra 2025/26.
Há muitas chuvas previstas para os próximos dias no país, o que está no radar do mercado. “Por enquanto, não é um grande problema, mas pode ser em caso de muita chuvas em maio. O fantasma do ano de 2019 vai ser muito comentado. Naquele ano, o volume total de chuvas para o mês de maio foi mais de 200% acima do normal e o plantio correu mais lento do que o normal”, explica o time da Agrinvest Commodities.
Fonte: noticiasagricolas