A semana anterior para o mercado do milho também foi marcada por recuos causados por incertezas relacionadas a temores de uma possível recessão econômica mundial, principalmente após o aumento da taxa de juros nos EUA e em vários países da Europa, diminuindo a atratividade das commodities em geral
No mercado interno, a semana teve indícios de um interesse maior da parte compradora, para suprir a demanda, mesmo que a curto prazo, da sua necessidade de consumo. O plantio de milho segue bastante avançado na temporada 2022/23, sendo liderado pela região centro-sul do Brasil, puxado pelo Rio Grande do Sul.
Há expectativas de uma safra bastante significativa de milho, apesar da alta de preço de adubos nitrogenados, que poderá impactar negativamente a quantidade de área plantada do cereal. Além disso, o milho brasileiro permanece muito demandado internacionalmente.
De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), no seu último boletim, as exportações de milho no Brasil totalizaram 3,73 milhões de toneladas no acumulado das 3 semanas de setembro, ultrapassando o volume de 2,85 milhões de toneladas registrado em todo mês, no ano passado.
De acordo com o último relatório de progresso de colheita, divulgado semanalmente pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, a colheita já teve início em boa parte dos estados produtores de milho, entre eles os três maiores: Iowa (18%), Illinois (15%) e Nebraska (11%). No total, já atingiu 7% da área. Por falar em mercado externo, Chicago finalizou a semana com leve queda de -0,59%, encerrando a semana valendo 6,75 dólares por bushel. Já o dólar fechou a semana com leve queda de -0,19%, valendo R$5,25.
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O QUE ESPERAR DO MERCADO?
As condições climáticas continuarão sendo acompanhadas de perto pelo mercado, diante da evolução do plantio e desenvolvimento inicial da safra 2022/23. O milho brasileiro permanece muito demandado internacionalmente e o ritmo de exportação também será um fator importante, que norteará o mercado brasileiro no curto prazo.
No mercado internacional, a evolução da colheita norte-americana e exportações semanais serão observados de perto pelo mercado. Diante disso, as cotações poderão ter uma semana de leve valorização.
Por Ruan Sene/Analista de Mercado da Grão Direto
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