Mídia: sistema de túneis do Hamas em Gaza é maior do que se pensava e pode ultrapassar 720 km


Muitas vezes com larguras que permitem até a passagem de um carro e usadas para ataques-surpresa contra o Exército de Israel, as estruturas devem levar anos para serem destruídas completamente, informou a publicação norte-americana. Há ainda túneis que ultrapassam 4 quilômetros de extensão ao longo do enclave.

“As forças militares israelenses agora acreditam que há muito mais túneis sob Gaza… Atualmente a rede abrange de 563 a 724 quilômetros”, disseram autoridades israelenses não identificadas ao veículo.

Nas proximidades da casa de um dos comandantes do Hamas, chegou a ser descoberta uma estrutura escondida a uma profundidade que corresponde à de um prédio de sete andares, acessada por uma escada em espiral.
Em dezembro, o porta-voz do Hamas no Líbano, Osama Hamdan, chegou a declarar durante uma coletiva de imprensa que os túneis foram planejados para resistirem até a tentativas de inundação, tática que chegou a ser cogitada por Israel.

“Os túneis foram construídos por engenheiros bem-treinados e instruídos que consideraram todos os possíveis ataques, incluindo o bombeamento de água. São parte integrante da resistência. Todas as consequências e ataques esperados foram levados em consideração”, pontuou Hamdan.

Muitos inclusive são construídos a partir de concreto armado, contam com unidades médicas para atendimento a feridos e até podem ser usados como esconderijo ao longo de meses.
Manifestantes bloqueiam uma rua próxima à Praça dos Reféns, exibindo cartazes contra o governo enquanto exigem a libertação dos reféns levados por militantes do Hamas à Faixa de Gaza, em Tel Aviv, Israel, no sábado, 13 de janeiro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 13.01.2024

Quase 6 mil ‘poços’ espalhados por Gaza

Conforme a publicação, cerca de 5,7 mil “poços” individuais levam a dois tipos de túneis: o primeiro, usado por comandantes do Hamas, mais profundos e que permitiam a permanência por longos períodos. Já o outro, “foi construído de maneira mais simples e menos profunda”, observa o The New York Times.
Enquanto isso, Israel segue com os bombardeios diários no enclave, onde 24 mil palestinos já morreram e mais de 83% da população foi obrigada a se abrigar em tendas improvisadas, enquanto a região vive um inverno com baixas temperaturas.
O conflito começou no dia 7 de outubro de 2023, após um ataque-surpresa sem precedentes realizado pelo Hamas contra o território israelense. Cerca de 1,2 mil pessoas foram assassinadas e mais de 5 mil ficaram feridas.
Em resposta, as FDI iniciaram a operação contra o Hamas e em poucos dias assumiram o controle de todas as localidades na fronteira com Gaza. Além disso, começaram a realizar ataques aéreos em alvos, incluindo civis, e bloquearam totalmente o setor de Gaza — com isso, a entrega de água, alimentos, eletricidade, medicamentos e combustível foi interrompida.

Fonte: sputniknewsbrasil

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