Mídia: Portugal recebeu mais de 300 mil toneladas de petróleo e gás da Rússia desde fevereiro


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Portugal importou mais de 300.000 toneladas de hidrocarbonetos da Rússia depois que ela começou uma operação especial na Ucrânia e foram impostas sanções ocidentais em resposta, segundo reportagem de quinta-feira (29) do jornal português Público.
Os carregamentos teriam sido transportados em cinco navios que acabaram atracando no porto de Sines, sul de Portugal, e incluíam produtos petrolíferos e gás natural liquefeito (GNL).
Questionada pela Investigate Europe, a administração do porto confirmou os atracamentos, mas recusou indicar os nomes dos compradores do gás e petróleo.
O Público nota ainda que seis navios de bandeira portuguesa transportaram carvão entre portos russos e diversos países europeus. Os barcos pertenciam a duas empresas no Funchal, no arquipélago da Madeira português, e o Registo Internacional de Navios da Madeira oferece benefícios fiscais às que decidam criar uma sede na cidade e registar aí suas embarcações.
Um funcionário da Uniper SE inspecionando uma instalação de superfície de armazenamento de gás natural na Uniper em Bierwang, sul da Alemanha, 10 de junho de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 21.09.2022

“Isto aconteceu enquanto Portugal se apresentava como a alternativa para a dependência europeia dos hidrocarbonetos russos e Bruxelas definia sanções contra este tipo de importações”, constata o jornal, em referência aos planos do país de receber GNL no porto de Sines e o transportar por gasoduto a Espanha e outros países europeus.

Guerra econômica contra a Rússia

Os países ocidentais, incluindo da União Europeia e Portugal, um Estado-membro do bloco, impuseram sanções abrangentes contra a Rússia a partir de 24 de fevereiro, prometendo abandonar a maior parte do comércio com o país e minimizar o dinheiro recebido pelo país para minar a operação especial. No entanto, muitos artigos na mídia ocidental revelam um panorama em que a economia da Rússia se aguenta bem com os efeitos das restrições.
Apesar das declarações públicas dos políticos europeus, não há restrições em vigor ou planejadas para o gás russo por parte de Bruxelas, enquanto o embargo faseado do petróleo e produtos derivados começa em dezembro.
Vários relatos ao longo dos meses têm revelado a continuação da entrada do petróleo e gás em países europeus, havendo inclusive um aumento de importações por parte de empresas europeias, que temem a entrada em vigor do embargo petrolífero, e pela Espanha no que toca ao gás russo.
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