Em entrevista ao canal de TV Globo News, Vieira disse que o asilo foi concedido com base na Convenção de Caracas e também com o que está prescrito na legislação brasileira no que diz respeito ao asilo diplomático. Além disso, ele pontuou questões humanitárias como relevantes para receber a ex-primeira-dama.
“Ela foi recentemente operada por uma questão grave de coluna vertebral, está em recuperação, precisa continuar em tratamento, e estava acompanhada de um filho menor. O marido condenado está detido e, portanto, o filho menor também estaria abandonado ou desprotegido. Foi com base em critérios humanitários”, disse o ministro.
Segundo ele, também com base em critérios humanitários, o governo peruano concedeu “imediatamente” dois salvos-condutos para permitir que a ex-primeira-dama e o filho deixassem o país.
Vieira também esclareceu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi avisado previamente sobre a decisão de conceder asilo diplomático.
“Eu comuniquei, sim, ao presidente Lula que estava sendo concedido o asilo diplomático, porque estava absolutamente dentro das normas e dos padrões estabelecidos na Convenção [de Caracas] e na legislação internacional”, pontuou.
Nadine, assim como seu marido, o ex-presidente peruano Ollanta Humala, foram condenados a 15 anos de prisão em um caso de corrupção envolvendo a empreiteira brasileira Odebrecht. Segundo a acusação, a ex-primeira-dama participou ativamente de atividades do Partido Nacionalista como arrecadação de fundos e ações do governo. Nadine nega qualquer ação ilícita.
A ex-primeira-dama e seu filho chegaram no Brasil na última quarta-feira (16). De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, o Brasil agora vai analisar se concede o status de refugiados aos dois.
Fonte: sputniknewsbrasil
