Mídia: governo Lula ‘liga alerta’ após debate fortalecer Trump e influenciar bolsonarismo no Brasil


De acordo com a mídia, a principal avaliação entre auxiliares do petista é que o eventual retorno de Trump significaria um empoderamento da extrema direita no Brasil e do bolsonarismo, com risco de impacto até mesmo sobre o Supremo Tribunal Federal (STF).
Em um embate tenso, Trump encurralou Biden de maneira enérgica em temas-chave para o eleitorado norte-americano. O desempenho ruim do democrata aumentou a pressão para que ele desista de concorrer, diz a mídia.
Embora ainda faltem meses para a eleição, que acontece em novembro, e o próprio Trump ainda enfrente desafios políticos e até judiciais em sua campanha, membros do governo opinam que Biden demonstrou fragilidade no debate.
As dificuldades de Biden têm sido exploradas por bolsonaristas nas redes. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente e articulador internacional do bolsonarismo, publicou em rede social vídeo do debate para dizer que Biden travou e republicou uma mensagem que ironiza a idade do democrata.
O debate aconteceu na quinta-feira (27), mesmo dia em que Lula criticou Trump, lembrou o ataque ao Capitólio e disse que pessoas assim não são boas para a política.
“O Biden é a certeza de que os EUA vão continuar respeitando a democracia. O Trump já deu aquela demonstração quando ele invadiu o Capitólio. Fez lá o que se tentou fazer aqui no Brasil no 8 de janeiro. Como democrata, estou torcendo para que o Biden saia vitorioso. Tenho uma relação sólida com ele e pretendo manter”, afirmou Lula, em entrevista à rádio Itatiaia.
Assessores no Palácio do Planalto manifestaram preocupação de que o fortalecimento de Trump crie uma nova onda em favor da extrema direita nos EUA e em todo o mundo, relata o jornal.
No Brasil, significaria combustível novo para o bolsonarismo, movimento que, na visão do Planalto, se enfraqueceu com as investigações sobre o 8 de janeiro de 2023 e a inelegibilidade de Bolsonaro decidida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), analisa a mídia.
Assessores de Lula, ouvidos pela Folha, traçaram dois cenários para um eventual relacionamento entre Lula e Trump a partir de 2024.
No otimista, temas econômicos ganhariam precedência sobre a disputa ideológica e o governo petista conseguiria margem para conduzir a agenda bilateral com pragmatismo. No pessimista, os vínculos políticos do trumpismo com Bolsonaro e seus aliados.
Políticos norte-americanos partidários de Trump denunciaram recentemente o que “consideram perseguição” e censura do STF contra bolsonaristas.
Além disso, o bilionário Elon Musk, apoiador de Trump, fez ataques nas redes sociais ao ministro do STF Alexandre de Moraes e o acusou de ter atuado para beneficiar Lula.
De acordo com pessoas que acompanham o tema no governo brasileiro, no momento é preciso aguardar para entender quais serão os próximos passos dos democratas nos EUA.
O governo vai analisar primeiro se Joe Biden permanecerá candidato ou se cederá à pressão para ser substituído por alguém menos idoso.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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