Mídia: ferramenta chinesa promete detectar câncer de pâncreas por DNA para personalizar tratamento


Pesquisadores chineses desenvolveram a ferramenta genômica Uni-C, capaz de revolucionar o diagnóstico e tratamento do câncer de pâncreas, conhecido como o “rei dos cânceres” por sua agressividade e detecção tardia. Segundo o South China Morning Post, a tecnologia permite análise completa do DNA em menos de um dia, com precisão comparável à das biópsias tradicionais.
Liderada por Lin Da e Yang Yuqin, a equipe de pesquisa apresentou o Uni-C em estudo publicado na Nature Communications. A ferramenta decodifica três camadas genômicas de células tumorais circulantes (CTCs): mutações em pequena escala, variações estruturais e arquitetura 3D da cromatina, oferecendo dados inéditos para triagem e imunoterapia.
As CTCs são raras, mas carregam o perfil genético completo do tumor. A escassez dessas células dificultava análises confiáveis, problema que o Uni-C supera ao realizar exames com apenas sete CTCs, detectando 90% das mutações e 75% das variações estruturais dos tumores.

“Ao permitir o monitoramento não invasivo diretamente de amostras de sangue […] esta [ferramenta] oferece um potencial significativo para o rastreamento em tempo real das respostas ao tratamento e da recorrência“, afirmou Lin lembrando que a ferramenta pode eliminar a necessidade de biópsias repetidas.

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Além da detecção, o Uni-C contribui para terapias personalizadas. Com base em seus dados, foram criados antígenos que ativaram células imunológicas e, combinados com cloroquina, reduziram tumores pela metade em testes com animais — um passo promissor para obter vacinas contra o câncer.
A ferramenta também mapeou o ecDNA, estrutura circular que carrega oncogenes e impulsiona a resistência a tratamentos. Ao reconstruir sua arquitetura e interações com cromossomos, o Uni-C revelou novos caminhos para combater a superexpressão gênica e a adaptação tumoral.
Outro avanço foi a identificação dos estágios do ciclo celular das CTCs por meio da análise da cromatina. Células em divisão ativa mostraram dobramentos compactos, enquanto células em repouso exibiam estruturas abertas, indicando maior potencial de expressão gênica.
Apesar de limitações na análise de variantes intracromossômicas e regiões repetitivas, a equipe planeja expandir o Uni-C para outros tipos de câncer, integrar o DNA-RNA e aumentar a capacidade de processamento.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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