Mídia: em contraste com EUA, China oferece incentivos fiscais para atrair investimento estrangeiro


A China intensificou seus esforços para atrair investimento estrangeiro, em meio a negociações comerciais com os EUA e a União Europeia (UE). O objetivo é impulsionar a economia doméstica e reforçar sua posição nas cadeias globais de suprimentos. Como parte dessa estratégia, o governo anunciou novos incentivos fiscais para empresas estrangeiras que reinvestirem seus lucros no país.
De acordo com o South China Morning Post (SCMP), os incentivos, anunciados por três órgãos governamentais, permitem que empresas estrangeiras deduzam até 10% do valor reinvestido em impostos locais. Além disso, créditos não utilizados poderão ser transferidos até o fim de 2028. Os reinvestimentos elegíveis incluem a criação de mais empresas ou aquisição de ações de empresas não afiliadas, com exceção de ações listadas em bolsa.
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As medidas também têm efeito retroativo desde 1º de janeiro de 2025. Segundo especialistas ouvidos pela apuração do SCMP, a iniciativa contrasta com a postura dos EUA, que têm adotado tarifas e restrições comerciais. A China, por outro lado, busca sinalizar abertura e estabilidade para investidores, em um momento de crescente incerteza geopolítica.
Apesar de empresas estrangeiras historicamente reinvestirem lucros na China, as tensões comerciais e políticas recentes abalaram a confiança. Em 2024, o país registrou uma saída líquida de capital de US$ 168 bilhões (cerca de R$ 913,9 bilhões), a maior desde 1990. O governo chinês tenta reverter esse cenário com um ambiente de negócios mais atrativo.
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O investimento estrangeiro é considerado essencial para a China, pois gera empregos, transfere tecnologia e fortalece laços com parceiros comerciais. O premiê Li Qiang reafirmou esse compromisso durante o Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês), prometendo maior integração com o mercado global e mais abertura econômica.
Apesar de ainda ser a segunda maior receptora de investimentos estrangeiros do mundo, a China viu uma queda de 13,2% nos aportes entre janeiro e maio de 2025. A concorrência com os EUA, que oferecem incentivos para repatriar empresas, tem pressionado Pequim a adotar medidas mais agressivas para manter sua atratividade.
Além dos incentivos fiscais, a China também ampliou as cotas de investimento externo por meio do programa Investidor Institucional Nacional Qualificado (QDII), permitindo que instituições financeiras nacionais invistam no exterior. A medida visa equilibrar a abertura do mercado financeiro chinês com a necessidade de manter o controle sobre fluxos de capital.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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