É o que informaram fontes da Casa Branca ao veículo norte-americano Politico.
No final de maio, Biden anunciou que Israel havia submetido uma nova proposta de cessar-fogo na Faixa de Gaza, que incluía três fases, encaminhada para a apreciação do Hamas.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) adotou na segunda-feira (10) uma resolução dos EUA contendo um plano de armistício em etapas para o enclave. A resolução foi aprovada por 14 países e teve abstenção da Rússia.
A resolução, em grande parte, é vista como uma réplica à proposta de cessar-fogo israelense.
O documento exige que o Hamas aceite a iniciativa que “Israel já aceitou”. O texto também solicita que ambas as partes implementem plenamente os termos dessa iniciativa sem demora ou precondições.
De acordo com a resolução, a primeira fase inclui um cessar-fogo completo imediato, a retirada das tropas israelenses das áreas povoadas em Gaza e a libertação de reféns detidos pelo Hamas, incluindo feridos, idosos e mulheres, além da troca de palestinos presos.
A segunda fase prevê o fim por tempo indeterminado das hostilidades em troca da libertação dos reféns restantes, bem como a retirada das tropas israelenses de Gaza. A terceira fase da iniciativa envolve o lançamento de um “plano de reconstrução plurianual” para Gaza.
“A fase 2 é o ponto de discórdia. […] se a fase 1 pudesse ter sido feita no meio do vácuo, poderíamos ter feito”, disse uma das autoridades à reportagem.
Outra fonte sinalizou que o Hamas não assinará um acordo de cessar-fogo até que Israel concorde com suas exigências, que versam também para uma recuada total das Forças Armadas israelenses da região.
“Acho que isso [de decidir sobre o cessar-fogo e chegar a um acordo] vai continuar pelo menos até o final de 2024”, pontuou outra fonte da Casa Branca ao Politico.
Histórico
Em 7 de outubro de 2023, um ataque coordenado pelo movimento Hamas contra mais de 20 comunidades israelenses deixou cerca de 1.200 mortos, cerca de 5.500 feridos e 253 reféns, dos quais cerca de 100 foram posteriormente libertados em troca de prisioneiros.
Em retaliação, Israel lançou uma declaração de guerra contra o Hamas, além de uma série de bombardeios em Gaza, que até agora deixaram mais de 37.300 palestinos mortos e mais de 85.400 feridos, segundo autoridades locais.
Em 20 de maio, o procurador-chefe do Tribunal Penal Internacional (TPI), Karim Khan, anunciou que havia apresentado pedidos de prisão contra o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e outros líderes do Estado judeu, bem como contra líderes do Hamas por alegados crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos desde outubro de 2023.
A Rússia e outros países instam Israel e o Hamas a concordarem com um cessar-fogo e a defenderem uma solução de dois Estados, aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1947, como a única forma possível de alcançar uma paz duradoura na região.
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Fonte: sputniknewsbrasil