Mídia dos EUA: cessar-fogo gera ‘discórdia’ entre Hamas e Israel, dizem fontes da Casa Branca


É o que informaram fontes da Casa Branca ao veículo norte-americano Politico.
Combatentes do Hezbollah levantam a bandeira de seu grupo e entoam gritos de guerra enquanto assistem ao cortejo fúnebre do combatente do Hezbollah Bilal Nemr Rmeiti, morto por bombardeios israelenses, em 22 de outubro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 19.06.2024

No final de maio, Biden anunciou que Israel havia submetido uma nova proposta de cessar-fogo na Faixa de Gaza, que incluía três fases, encaminhada para a apreciação do Hamas.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) adotou na segunda-feira (10) uma resolução dos EUA contendo um plano de armistício em etapas para o enclave. A resolução foi aprovada por 14 países e teve abstenção da Rússia.
A resolução, em grande parte, é vista como uma réplica à proposta de cessar-fogo israelense.
O documento exige que o Hamas aceite a iniciativa que “Israel já aceitou”. O texto também solicita que ambas as partes implementem plenamente os termos dessa iniciativa sem demora ou precondições.
De acordo com a resolução, a primeira fase inclui um cessar-fogo completo imediato, a retirada das tropas israelenses das áreas povoadas em Gaza e a libertação de reféns detidos pelo Hamas, incluindo feridos, idosos e mulheres, além da troca de palestinos presos.
A segunda fase prevê o fim por tempo indeterminado das hostilidades em troca da libertação dos reféns restantes, bem como a retirada das tropas israelenses de Gaza. A terceira fase da iniciativa envolve o lançamento de um “plano de reconstrução plurianual” para Gaza.

“A fase 2 é o ponto de discórdia. […] se a fase 1 pudesse ter sido feita no meio do vácuo, poderíamos ter feito”, disse uma das autoridades à reportagem.

Outra fonte sinalizou que o Hamas não assinará um acordo de cessar-fogo até que Israel concorde com suas exigências, que versam também para uma recuada total das Forças Armadas israelenses da região.
George Gerapetritis, ministro das Relações Exteriores grego faz declarações durante uma cerimônia de transferência, em Atenas, Grécia, 27 de junho de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 19.06.2024

“Acho que isso [de decidir sobre o cessar-fogo e chegar a um acordo] vai continuar pelo menos até o final de 2024”, pontuou outra fonte da Casa Branca ao Politico.

Histórico

Em 7 de outubro de 2023, um ataque coordenado pelo movimento Hamas contra mais de 20 comunidades israelenses deixou cerca de 1.200 mortos, cerca de 5.500 feridos e 253 reféns, dos quais cerca de 100 foram posteriormente libertados em troca de prisioneiros.
Em retaliação, Israel lançou uma declaração de guerra contra o Hamas, além de uma série de bombardeios em Gaza, que até agora deixaram mais de 37.300 palestinos mortos e mais de 85.400 feridos, segundo autoridades locais.
Em 20 de maio, o procurador-chefe do Tribunal Penal Internacional (TPI), Karim Khan, anunciou que havia apresentado pedidos de prisão contra o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e outros líderes do Estado judeu, bem como contra líderes do Hamas por alegados crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos desde outubro de 2023.
A Rússia e outros países instam Israel e o Hamas a concordarem com um cessar-fogo e a defenderem uma solução de dois Estados, aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1947, como a única forma possível de alcançar uma paz duradoura na região.
Logo da emissora Sputnik - Sputnik Brasil
Acompanhe as notícias que a grande mídia não mostra!

Siga a Sputnik Brasil e tenha acesso a conteúdos exclusivos no nosso canal no Telegram.

Já que a Sputnik está bloqueada em alguns países, por aqui você consegue baixar o nosso aplicativo para celular (somente para Android).

Também estamos nas redes sociais X (Twitter) e TikTok.

Fonte: sputniknewsbrasil

Anteriores Cinema Brasileiro em Crise: Apenas 5% dos Ingressos Vendidos no Segundo Trimestre Foram de Filmes Nacionais
Próxima F1: Hamilton nega estar ocorrendo sabotagem na Mercedes