No fim de semana, rumores se espalharam pela mídia norte-americana de que o “Twit-chefe” Musk estaria planejando retirar o status de “verificado” das contas caso seus usuários não pagassem uma taxa mensal. Os meios de comunicação afirmam que o Twitter Blue — um serviço de assinatura que desbloqueia recursos adicionais da plataforma como um botão “Desfazer Tweet” — vai ser expandido para incluir o status de verificado nas contas, um recurso que atualmente é gratuito na plataforma.
Atualmente, o Twitter Blue custa aos assinantes US$ 4,99 por mês (cerca de R$ 26,50), mas sob o plano relatado, o preço aumentaria para US$ 19,99 por mês (aproximadamente R$ 103), ou US$ 240 por ano (pouco mais de R$ 1.240).
A verificação é usada para identificar as contas de figuras públicas como políticos, celebridades e jornalistas, bem como instituições e corporações, como sendo as contas autênticas dessas entidades. O recurso foi implementado pela primeira vez em 2009, em resposta a um processo de Tony la Russa, então gerente do time de beisebol profissional Arizona Cardinals, sobre uma conta falsa que estava se passando por ele.
O Twitter parou de verificar outras contas em 2017, depois que a empresa verificou Jason Kessler, um autointitulado líder da “alt-right” que planejou o comício Unite the Right (unir a direita) em Charlottesville, Virgínia, que atraiu milhares de neonazistas, supremacistas brancos e fascistas de outras estirpes. Essa manifestação resultou em violência generalizada, incluindo um ataque de carro contra uma multidão por um participante que matou um contra-manifestante. A verificação foi revivida mais tarde, no final de 2021.
Até agora, o Twitter permaneceu em silêncio sobre as mudanças, embora Musk tenha tuitado no domingo (30) que “todo o processo de verificação está sendo reformulado agora”.
The whole verification process is being revamped right now
— Elon Musk (@elonmusk) October 30, 2022
Musk havia afirmado anteriormente que, como parte de seu esforço para reprimir contas automatizadas na plataforma, os “bots” (um tipo de software autômato que controla uma conta de acordo com uma programação), ele “autenticaria todos os humanos reais“, embora não esteja claro o que isso implicaria e como isso poderia estar relacionado ao status verificado.
Esse não é o único boato que circula sobre o Twitter no momento. Ainda no domingo, ele esclareceu que não, a empresa não planeja demitir 75% de seus funcionários em um esforço para evitar o pagamento de concessões de ações. Como parte do acordo para comprar o Twitter por US$ 44 bilhões (cerca de R$ 227,9 bilhões), Musk comprou de volta todas as ações da empresa, tornando-a efetivamente uma empresa privada.
Musk finalizou o acordo na sexta-feira (28), após meses de disputas com o Twitter sobre os vários aspectos do acordo, incluindo informações sobre bots na plataforma. Um juiz de Delaware deu a Musk até o final de outubro para finalizar o acordo, ou o processo do Twitter contra ele por tentar desistir da compra levaria a um julgamento.
If I had a dollar for every time someone asked me if Trump is coming back on this platform, Twitter would be minting money!
— Elon Musk (@elonmusk) October 31, 2022
Se eu ganhasse um dólar para cada vez que alguém me perguntasse se Trump está voltando para esta plataforma, o Twitter estaria produzindo dinheiro!
Outros planos que Musk supostamente tem reservado para a plataforma incluem permitir que o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, recupere sua conta. O Twitter excluiu a conta de Trump após a insurreição de 6 de janeiro de 2021 no Capitólio dos EUA por seus seguidores, dizendo que seus tuites sobre o evento incentivavam a violência. Musk disse que a proibição vitalícia foi “moralmente errada e totalmente estúpida” e que “as proibições permanentes apenas prejudicam fundamentalmente a confiança no Twitter”.
Fonte: sputniknewsbrasil