Mídia: ataques israelenses matam pelo menos 42 pessoas em Gaza

Um bombardeio israelense em casas em Al-Shati, um dos oito campos de refugiados históricos da Faixa de Gaza, matou 24 pessoas, disse o diretor. Outros 18 palestinos foram mortos em um ataque a casas no bairro de Al-Tuffah.

O Exército israelense divulgou uma breve nota sobre os ataques.

O Hamas afirmou que os ataques visaram a população civil e prometeu que “a ocupação e seus líderes nazistas pagarão o preço por suas violações contra nosso povo”.

Imagens obtidas pela Reuters mostraram dezenas de palestinos correndo para procurar por vítimas entre as casas destruídas nas ruas no campo de refugiados de Shati.

A reportagem menciona que residentes relataram que tanques israelenses intensificaram sua incursão nas áreas ocidentais e setentrionais de Rafah nos últimos dias. No sábado, as Forças israelenses bombardearam várias áreas do ar e do solo, forçando muitas famílias que viviam em zonas designadas como humanitárias a fugir para o norte.

O Exército israelense disse que as forças continuam operações direcionadas “precisas, baseadas em inteligência” em Rafah. Na última sexta-feira (21), o Ministério da Saúde de Gaza informou que pelo menos 25 palestinos foram mortos em Mawasi, no oeste de Rafah, e 50 ficaram feridos.

As FDI afirmaram que o incidente está sob revisão, mas afirmou em nota que “investigação inicial sugere que não há indicação de que um ataque tenha sido realizado pelas Forças de Defesa de Israel na Área Humanitária em Al-Mawasi”.

Em 7 de outubro de 2023, um ataque coordenado pelo movimento Hamas contra mais de 20 comunidades israelenses deixou cerca de 1,1 mil mortos, cerca de 5,5 mil feridos e 253 reféns, dos quais cerca de 100 foram posteriormente libertados em trocas de prisioneiros.

Em retaliação, Israel lançou uma declaração de guerra contra o Hamas e lançou uma série de bombardeios em Gaza, que até agora deixaram mais de 37 mil palestinos mortos e mais de 85 mil feridos, segundo autoridades locais.

Em 20 de maio, o procurador-chefe do Tribunal Penal Internacional (TPI), Karim Khan, anunciou que havia apresentado pedidos de prisão contra o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e outros líderes do Estado judeu, bem como contra líderes do Hamas por alegados crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos desde outubro de 2023.

Quase nove meses depós do início do conflito, o avanço de Israel está agora focado em Rafah, na extremidade sul de Gaza,e na área ao redor de Deir al-Balah, no centro.