Mídia: após vitória de Trump, Europa precisa de autonomia para ter competitividade, diz premiê grego


Enquanto aguardam pela mudança de governo nos EUA, os aliados de Washington na Europa têm tentado mitigar a possibilidade de enfrentar dificuldades comerciais e alfandegárias com seu parceiro norte-americano, uma vez que o mais novo presidente eleito prometeu levar à cabo uma política protecionista para importações.

No entanto, para evitar que a situação chegue a este ponto, são precisas medidas que aumentem a autonomia estratégica para garantir que “a economia europeia se torne mais competitiva”, é o que acredita o primeiro-ministro grego Kyriakos Mitsotakis.

Falando à Bloomberg durante a COP29 no Azerbaijão, Mitsotakis acredita que por muito tempo a Europa ficou apenas nas palavras no que diz respeito à percepção e que a União Europeia (UE) tem “ficado para trás” nas relações de comércio com seus principais parceiros.
O premiê, que teve uma primeira conversa com o presidente eleito Donald Trump por telefone na segunda-feira (11), diz que o diálogo foi “amigável”, mas que o senso de urgência do que o bloco precisa fazer para retomar os investimentos para ampliar a competitividade, chegou, que é preciso sair “das palavras para a ação”.
Soldados da Bateria Alfa do Exército dos EUA na Europa, 5º Batalhão, 7º Regimento de Artilharia de Defesa Aérea, familiarizam os militares poloneses sobre como carregar/descarregar recipientes de mísseis Patriot em Morag, Polônia, 8 de junho de 2010 - Sputnik Brasil, 1920, 11.11.2024

Para Mitsotakis, a necessidade de se aumentar o financiamento público e privado é uma das questões mais densas que precisa ser enfrentada. Segundo um relatório do ex-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, o bloco enfrenta um déficit de investimento anual na casa dos € 800 bilhões (cerca de R$ 4,8 trilhões).
Mesmo com a vitória de Trump e a iminente implementação de barreiras alfandegárias nos EUA, o premiê grego vê espaço para cooperação, citando o gás natural liquefeito (GNL) como uma saída dupla, tanto para uma articulação com o novo governo norte-americano, como para o atendimento das metas de transição energética a que a Europa se dispôs a atingir.

“Acho que há uma possibilidade na relação EUA-Europa de trabalhar com o presidente Trump e encontrar uma solução ganha-ganha“, disse ele, ponderando ainda que “uma guerra comercial seria ruim” para ambos.

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Fonte: sputniknewsbrasil

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