Mídia: ansiedade por vitória de Trump estimula investimento em startups de defesa europeias


Enquanto trava uma disputa acirrada pela presidência dos EUA contra a candidata democrata e vice-presidente Kamala Harris, o ex-presidente e candidato republicano Donald Trump já ameaçou — mais de uma vez — retirar o país da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) além de garantir que não defenderia aliados que não aumentassem seus orçamentos de defesa.
A imprevisibilidade por trás de um novo possível mandato de Trump, combinada com as tensões estabelecidas pelo conflito ucraniano e a guerra travada por Israel no enclave palestino contra o Hamas, contribuiu para que os gastos militares globais atingissem um recorde de US$ 2,4 trilhões (cerca de R$ 12,6 trilhões) em 2023, de acordo com o Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (SIPRI, na sigla em inglês).
Em junho, o Fundo de Inovação da OTAN (NIF, na sigla em inglês) de US$ 1,1 bilhão (aproximadamente R$ 6,03 bilhões) anunciou parcerias com empresas de capital de risco e startups de defesa em toda a Europa, com o objetivo de reforçar a segurança no continente.
De acordo com a Reuters, a União Europeia (UE) revelou no início deste ano sua primeira estratégia industrial de defesa, comprometendo mais de US$ 1 bilhão (mais de R$ 5,4 bilhões) com a inovação militar especialmente na fabricação de drones, robótica e computação quântica.
O presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, acena após discursar na reunião de verão de 2024 da Associação Nacional de Governadores, 12 de julho de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 21.08.2024

Segundo Herbert Mangesius, sócio fundador da Vsquared Ventures, uma das principais investidoras de tecnologia profunda da Europa, “as ameaças de Trump fizeram os Estados europeus pensarem muito diferente sobre investir em suas próprias capacidades e dar contratos, geralmente para startups” para ver “ciclos mais rápidos, experimentação mais ampla e melhores capacidades”, ressaltou o investidor.
Ainda segundo a apuração, os investidores ressaltam que as tensões geopolíticas atuais mudaram as percepções dos governos europeus — em especial da Alemanha — para a busca de uma maior independência que promova mudanças estruturais na indústria de defesa e aposte na resiliência ante os novos desafios de guerra eletrônica e uso cada vez mais frequente de drones.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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