“Acho que as interferências extrarregionais, e quando eu digo extrarregionais, eu incluo o hemisfério. Acho que isso é uma coisa latino-americana, que os latino-americanos têm que resolver”, disse Amorim, que retornou de Caracas nesta semana após acompanhar a eleição de domingo (2). “Nós não vamos seguir automaticamente. Há muito tempo o Brasil já abandonou a política do alinhamento automático com quem quer que seja”, acrescentou.
“[O governo brasileiro] tem tido uma visão muito parecida com a do México e da Colômbia, que são países diretamente interessados em resolver de maneira pacífica essa situação”, acrescentou ele.
Sanções
“Para nós, a retirada das sanções teria facilitado muito o transcurso da eleição, assim como a presença da União Europeia — que o presidente Maduro rejeitou, mas rejeitou justamente porque a União Europeia queria participar da apuração, acompanhar a eleição, mas mantendo as sanções”, disse ele na entrevista. “Isso não é justo. Quem mais sofre com isso é o povo venezuelano, não é o Maduro nem os auxiliares.”
EUA revisam dados
“Acho que um estudo mais próximo, não sei exatamente como, o nosso chanceler Mauro Vieira também está muito ativo nessas conversas. Eu acho que essas conversas podem nos indicar o caminho certo para encontrar a solução”, analisou o ex-chanceler brasileiro.
Fonte: sputniknewsbrasil