O governo do México aceitou a proposta dos Estados Unidos para aderir a um ambicioso plano de investimento em semicondutores, traçado por Joe Biden. No início deste mês, o presidente americano apresentou um pacote de investimento de US$ 52 bilhões (cerca de 260 bilhões) para promover a indústria de semicondutores e veículos elétricos, por meio de pesquisa e desenvolvimento.
A medida visa reduzir a dependência dos EUA de empresas produtoras de semicondutores, tecnologia hoje dominada por Taiwan, e impedir que a China assuma a liderança no mercado do setor, considerado por Biden como a principal batalha econômica do século XXI.
Nesta segunda-feira (12), o ministro das Relações Exteriores do México, Marcelo Ebrard, se reuniu com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, para discutir os últimos pontos do acordo, no âmbito do Diálogo Econômico de Alto Nível (DEAN), realizado entre os dois países.
Segundo noticiado pela Associated Press, ficou acertado que o México disponibilizará sua recém nacionalizada indústria de lítio para a exploração americana do mineral, essencial para a produção de semicondutores e baterias para carros elétricos.
“Os principais elementos das cadeias de fornecimento de semicondutores já estão bem estabelecidos no México, com empresas americanas, como Intel e Skyworks, realizando pesquisa e desenvolvimento, projeto, montagem e fabricação de testes em partes do México”, disse Blinken.
Por sua vez, Ebrard classificou a cooperação como “uma grande oportunidade para a economia do México”.
“Isso significa mais empregos para o México, mais integração. Acreditamos que o México pode crescer duas vezes mais com o que foi proposto hoje, e isso significa que podemos reduzir a pobreza ainda mais rápido em nosso país e que a infraestrutura do México pode crescer mais rápido”, disse o chanceler mexicano.