“Fortalecemos a cooperação bilateral e a diversificação de nossas exportações. Há alguns dias, assinamos memorandos de entendimento com o Brasil e, neste mês, receberemos o primeiro-ministro do Canadá [Mark Carney]”, declarou a presidente mexicana.
No último mês, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC) chegou a anunciar que o México superou os Estados Unidos e se tornou o segundo maior importador de carne bovina do Brasil, ficando atrás apenas da China.
As tarifas impostas pelos Estados Unidos à carne bovina brasileira — cujo imposto passou de 26,4% para 50% a partir de 1º de agosto — são o principal motivador da mudança.
Somente neste mês em curso, o Brasil exportou 10,2 mil toneladas de carne para o México, no valor de US$ 58,8 milhões (R$ 318,5 milhões). Já os embarques para os Estados Unidos caíram para 7,8 mil toneladas no mesmo período.
De janeiro a julho de 2025, o volume de carne exportado do Brasil para o México quase triplicou em comparação com o mesmo período de 2024.
EUA ameaçam impor tarifas de 30% ao México
Durante a coletiva, a presidente mexicana também afirmou que o país possui o menor percentual de tarifas alfandegárias, o que denota uma relação de “respeito mútuo” entre os dois países.
No fim de julho, o homólogo norte-americano, Donald Trump, anunciou a prorrogação por 90 dias de um acordo que evitou a tributação de 30% sobre as importações dos produtos mexicanos. Em contrapartida, os dois países negociam o reforço das medidas de segurança fronteiriça.
“Nesses meses, o mundo inteiro enfrentou situações complexas diante da nova realidade tarifária estabelecida pelo governo dos EUA. Nesse contexto, conseguimos construir uma relação de respeito mútuo. O México é o país com o menor percentual de tarifas alfandegárias [de Washington] em média em todo o mundo”, declarou.
Fonte: sputniknewsbrasil