Método de desvio de asteroide potencialmente mortífero para a Terra é validado por cientistas


Em novembro de 2021, a agência espacial norte-americana NASA lançou a espaçonave DART (Teste de Redirecionamento de Asteroide Duplo, na sigla em inglês) em uma missão para colidir com o pequeno asteroide Dimorphos, que orbita uma rocha muito maior, chamada Didymos.
A missão era testar se um impacto no asteroide poderia desviar seu caminho o suficiente para ele não atingir a Terra. O Dimorphos tem 170 metros de diâmetro, mas apesar de não ser um asteroide pequeno, não se espera que se aproxime da Terra por mais 100 anos, quando se espera que a tecnologia de defesa terrestre seja aprimorada.
Cinco artigos publicados na quarta-feira (1º) na revista Nature indicam que o experimento foi um sucesso espantoso, e que desviou a órbita de Dimorphos muito além do esperado.
Pluma de poeira e detritos lançados da superfície do asteroide Dimorphos pela nave espacial DART da NASA após seu impacto em 26 de setembro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 02.03.2023

“O impacto do DART demonstra que a transferência do ímpeto para um asteroide alvo pode exceder significativamente o impulso incidente do impactor cinético, validando a eficácia do impacto cinético para evitar futuros ataques de asteroides à Terra”, disse um dos artigos. O estudo verificou a conclusão de uma pesquisa anterior de que a órbita de Dimorphos de Didymos se tornou 33 minutos mais rápida após o impacto, em vez dos sete minutos de aumento que os cientistas esperavam.
“Esta grande mudança de órbita sugere que a ejecta contribuiu com uma quantidade significativa de ímpeto para o asteroide além do que a espaçonave DART carregava”, apontou o segundo artigo sobre a experiencia da NASA.
Durante semanas após o impacto, que ocorreu em setembro de 2022, os astrônomos rastrearam uma pluma de detritos deixando o Dimorphos, que ficaram para trás e deram ao corpo celeste uma aparência ligeiramente semelhante à de um cometa. Segundo o terceiro e quarto artigos, o impacto diminuiu a massa do asteroide em 0,3% a 0,5%, enquanto o quinto revelou uma perda de massa que afetou seu ímpeto.
Esse último artigo concluiu que o método cinético “demonstra que a tecnologia do impactor cinético é uma técnica viável para potencialmente defender a Terra, se necessário”.

Fonte: sputniknewsbrasil

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