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Os metalúrgicos da Embraer iniciaram uma greve por tempo indeterminado nesta quarta-feira (17), paralisando a linha de produção da fábrica em São José dos Campos (SP). A decisão foi aprovada em assembleia por cerca de 3 mil trabalhadores, que rejeitaram a proposta salarial da empresa e exigem melhores condições de trabalho.
O principal ponto de impasse nas negociações é a estabilidade no emprego. Os trabalhadores reivindicam a manutenção da estabilidade até a aposentadoria para vítimas de acidentes ou doenças ocupacionais, um direito garantido na convenção coletiva de 2017. A Embraer, no entanto, propôs reduzir este prazo para 21 meses em casos de doença e 60 meses para acidentes.
A categoria também exige um aumento salarial de 11%, bem acima dos 5,05% propostos inicialmente pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que representa a Embraer. Outra reivindicação é o vale-alimentação de R$ 1.000, contra os R$ 420 sugeridos pela empresa.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, a greve afeta diretamente 6 mil trabalhadores e “a linha de produção ficou 100% parada”. Em nota, a Embraer afirmou que as negociações estão em andamento e que as fábricas “operam normalmente em todo o Brasil”. A empresa também acusou o sindicato de “cercear o direito constitucional de ir e vir” e de não ter apresentado a proposta mais recente aos trabalhadores.
A Fiesp, por sua vez, divulgou uma nova proposta: reajuste salarial de 5,5% e aumento de 12,5% no vale-alimentação para funcionários com salário de até R$ 11 mil. Uma nova assembleia está marcada para o início do segundo turno de trabalho para definir os próximos passos da paralisação. Setores administrativos e funcionários terceirizados da Embraer seguem trabalhando normalmente.
Eis a íntegra da nota da Embraer:
“As fábricas da Embraer operam normalmente em todo o Brasil. A Embraer respeita todos os direitos dos colaboradores e estranhou a ação do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, na manhã desta quarta-feira, na unidade Ozires Silva, que visa cercear o direito constitucional de ir e vir.
As negociações da data-base estão em andamento junto à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), e o sindicato ainda não apresentou a proposta mais recente aos trabalhadores.
A Fiesp, que representa o grupo patronal do setor aeronáutico nas negociações referentes à data-base 2025, apresentou ontem, 16 de setembro, uma nova proposta de reajuste salarial de 5,5% — valor acima da inflação do período — e aumento de 12,5% no vale-alimentação para colaboradores com salários de até R$ 11 mil.
As negociações no âmbito da Fiesp continuam em andamento com todos os sindicatos que representam os colaboradores no Estado de São Paulo.”
Fonte: gazetabrasil