Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão. Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
A Meta, empresa dona do Instagram, informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (23) que a conta usada para discutir a delação do tenente-coronel Mauro Cid foi criada com um e-mail em nome do próprio militar. Em complemento, o Google confirmou que o e-mail vinculado ao perfil foi criado em 2005 e tem data de nascimento compatível com a de Cid.
As respostas tiveram o sigilo levantado pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, após serem anexadas ao inquérito que apura a suposta tentativa de golpe de Estado.
Os dados foram solicitados após o surgimento de mensagens atribuídas ao perfil “GabrielaR702”, que seria da esposa do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. A conversa teria sido feita para comentar o conteúdo da delação premiada de Cid com o advogado Eduardo Kuntz, que representa o ex-assessor de Bolsonaro, Marcelo Câmara.
Durante depoimento, Cid negou ter feito esse tipo de comunicação. No entanto, Câmara e seu advogado admitiram ter conversado com ele por meio desse perfil, o que levou à prisão preventiva de Câmara e à investigação de ambos por obstrução de Justiça. Em uma das conversas, Cid teria dito a Eduardo Kuntz que os investigadores da PF queriam “colocar palavras” em sua boca, buscando que ele falasse a palavra “golpe”. Para confirmar a identidade, o defensor pediu que Cid enviasse uma foto. Após o recebimento dessa informação, Moraes determinou a prisão de Câmara, entendendo que o ex-assessor de Bolsonaro descumpriu uma medida cautelar que o proibia de usar redes sociais, mesmo com a intermediação de advogados.
Defesa de Câmara Recorre da Prisão Preventiva
Nesta segunda-feira, a defesa de Câmara recorreu da prisão preventiva determinada por Alexandre de Moraes em 18 de junho. Os advogados negam qualquer violação de medidas cautelares e alegam que, à época dos contatos com Mauro Cid, não havia proibição de comunicação. Segundo a defesa, os diálogos cessaram em março de 2024, antes da imposição de qualquer restrição judicial. Os advogados também sustentam que não há provas de que Marcelo Câmara soubesse dos contatos entre o advogado e Mauro Cid, defendendo que a prisão viola o princípio da individualização da pena.
Fonte: gazetabrasil