Mesmo desconfiado, Cattani diz que ex-genro tinha “álibi muito forte” e que deixou a polícia fazer o trabalho


Conteúdo/ODOC – O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) afirmou que o ex-genro, apontado como mandante do assassinato de sua filha, Raquel Cattani, tinha um “álibi muito forte” que quase convenceu familiares e até a polícia do não envolvimento na morte.

Raquel Cattani foi morta a facadas em um sítio na cidade de Nova Mutum na semana passada. Na noite desta quarta-feira (24), a Polícia Civil prendeu o ex-marido dela Romero Xavier – apontado como mandante e o irmão dele, Rodrigo Xavier, apontado como autor do crime.

“A gente sempre teve um pé atrás porque a polícia também fez o que tinha que ter feito. A gente tinha que deixar as investigações correrem para que a gente pudesse ter êxito. O álibi que ele tinha era muito forte, tanto que ele não estava aqui. Não teve a capacidade se quer de fazer ele mesmo, de tão covarde que foi. Então ele não poderia estar em dois lugares ao mesmo tempo, então por isso a polícia o liberou preliminarmente, mas nós tínhamos que manter ele por perto”, afirma o deputado.

Romero esteve na cena do crime acompanhando as investigações e no velório da ex-mulher, onde chorou na frente de familiares e amigos da vítima. Nas redes sociais, chegou a ser defendido pelo deputado, após a polícia liberar ele preliminarmente da execução.

“Nós recebemos como uma resposta justa a essa atrocidade que foi feita, pegando esses monstros e colocando atrás das grades. Não vou dizer que conforta porque nada pode confortar a gente nesse momento, mas ajuda a ter um pouco mais de confiança nas nossas forças de segurança”,  argumentou Cattani, durante entrevista na Rádio Cultura nesta quinta-feira (25).

Confissão e prisão

Nesta quarta-feira, equipes da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos e da Regional de Nova Mutum se dirigiram até o endereço de Rodrigo, na cidade de Lucas do Rio Verde. Após horas de vigilância, ele chegou na residência e, ao ser entrevistado, apresentou muito nervosismo com a presença dos policiais.

Da porta que estava aberta, as equipes observaram um frasco de perfume feminino, em cima de uma bancada. Diante da evidente suspeita, ele confessou o homicídio de Raquel Cattani.

Na casa foram encontrados frascos de perfume, um aparelho de som, um cinto, um porta-celular e uma faca, todos os objetos pertencentes à vítima.

Durante a entrevista, a equipe investigativa reuniu informações que esclareceram que Rodrigo praticou o crime a mando do irmão, Romero, e levou alguns objetos da casa para simular um latrocínio e embaraçar as investigações da Polícia Civil.

Durante a prisão de Rodrigo, os policiais civis verificaram que a bota que ele utilizava naquele momento possuía total semelhança com a pegada encontrada na televisão na casa da vítima. “Portanto, a dinâmica do crime, a ser confirmada com outros elementos de informação, aponta que Romero se encontrou com Rodrigo em Lucas do Rio Verde, na manhã do dia 18 de julho. Como Romero foi o autor intelectual do crime, ele havia planejado alguns atos”, pontuou Pompeo.

Fonte: odocumento

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