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Permanecer sentado ou deitado por muitas horas ao longo do dia pode aumentar o risco de desenvolver Alzheimer, independentemente da prática de exercícios físicos. É o que revela uma pesquisa conduzida pelo Vanderbilt University Medical Center, em Nashville (EUA), publicada na revista científica Alzheimer’s & Dementia.
O estudo acompanhou mais de 400 adultos com mais de 50 anos, sem diagnóstico de demência, que usaram por uma semana um dispositivo semelhante a um relógio para monitorar os níveis de atividade física. Os dados foram cruzados com testes cognitivos e exames cerebrais realizados nos sete anos seguintes.
Os pesquisadores observaram que, mesmo entre participantes que cumpriam as recomendações de 150 minutos semanais de atividade física, aqueles que permaneciam sentados por longos períodos apresentaram pior desempenho cognitivo e redução do volume do hipocampo – região do cérebro fundamental para memória e aprendizado. Essa atrofia é um dos principais sinais associados à doença de Alzheimer.
O risco foi ainda mais acentuado entre os portadores do gene APOE-e4, ligado a um aumento de até dez vezes na chance de desenvolver a doença. Cerca de 2% da população possui esse gene, incluindo o ator Chris Hemsworth, conhecido por interpretar o herói Thor no cinema.
“Reduzir o risco de Alzheimer não se resume a se exercitar uma vez por dia”, alertou a neurocientista Marissa Gogniat, autora principal do estudo. “Minimizar o tempo sentado, mesmo entre pessoas fisicamente ativas, pode diminuir a probabilidade de desenvolver a doença.”
A professora Angela Jefferson, coautora do estudo, acrescentou que pausas regulares para se movimentar ao longo do dia são fundamentais para a saúde cerebral, especialmente entre idosos com predisposição genética para a doença.
Embora o estudo não tenha identificado exatamente como o sedentarismo afeta o cérebro, os autores sugerem que a inatividade prolongada pode comprometer o fluxo sanguíneo cerebral e, ao longo do tempo, provocar alterações estruturais que favorecem o Alzheimer.
Considerado a forma mais comum de demência no Reino Unido e nos Estados Unidos, o Alzheimer afeta cerca de 944 mil pessoas no Reino Unido e aproximadamente sete milhões nos EUA. Em 2022, a demência foi responsável por mais de 74 mil mortes no Reino Unido, tornando-se a principal causa de óbitos no país.
Segundo a Alzheimer’s Society, o custo anual da demência no Reino Unido chega a 42 bilhões de libras, com estimativas de que esse valor quase dobre até 2040, impulsionado pelo envelhecimento populacional.
Fonte: gazetabrasil