Mercedes-Benz GLB 200: 5 razões para comprar e 5 para pensar bem


Se você está procurando um SUV premium com capacidade para sete passageiros, o Mercedes-Benz GLB certamente é uma opção a ser colocada na lista. Mas para te ajudar na decisão de compra, Autoesporte testou o modelo na versão 200 AMG Line, que tem preço de R$ 399.990, e agora conta os motivos para comprar o carro e também os pontos que deixam a desejar.

O primeiro ponto positivo do Mercedes-Benz GLB é o conjunto mecânico. Na linha 2025, o SUV deixou de lado o motor 1.3 turbo de 163 cv desenvolvido em parceria com a Renault e passou a ser equipado com sistema híbrido leve (MHEV). Uma ótima evolução.

Isso porque o propulsor agora é o 2.0 turbo de quatro cilindros em linha a gasolina, combinado com um conjunto elétrico de 48V, além de um câmbio automático de oito marchas. Desta forma, são 190 cv de potência e 30,6 kgfm de torque.

É um casamento que trabalha muito bem e entrega o suficiente para fazer o SUV acelerar de 0 a 100 km/h em 7,9 segundos, segundo a própria Mercedes-Benz. Antes, eram necessários 10,5 s. Ou seja, agora o GLB tem um desempenho dentro do esperado para um SUV premium que pesa 1.765 kg. Além disso, chega à velocidade máxima de 214 km/h.

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O que também impressiona no GLB 200 2025 é o acabamento, que segue o regulamento do segmento premium. A cabine praticamente não tem plástico rígido e traz materiais de couro, suede e até imitação de madeira nas portas. Além disso, há iluminação ambiente em todo o painel, costuras em vermelho e tudo é muito bem encaixado e bem acabado.

Para completar, a lista de equipamentos é recheada. Traz ar-condicionado digital de duas zonas, ajustes elétricos dos bancos, faróis full-LED adaptativos, câmera de ré de boa qualidade, assistente de estacionamento, central multimídia e painel de instrumentos de 10,25” cada, retrovisor eletrocrômico e carregador de celular por indução. Nos itens de segurança, há sete airbags, controle de cruzeiro adaptativo (ACC), assistente ativo de manutenção de faixa e alerta de ponto cego.

Outro ponto que chama a atenção no GLB é o nível de conforto. A suspensão é independente, sendo McPherson na dianteira e multibraço na traseira, ambas com com molas helicoidais. Fato é que o ajuste é bem feito e faz com que os passageiros sintam pouco os balanços dentro do carro. Isso mesmo em asfaltos irregulares.

Importante lembrar que, embora tenha o pacote visual AMG Line, que inclui elementos estéticos e rodas maiores, a suspensão é ajustada para o conforto, diferentemente das versões voltadas para a esportividade, verdadeiramente calibradas pela AMG, com ajuste mais firme.

O GLB também é raridade em um quesito bem importante: estabilidade de preço. Isso porque a linha 2025 do SUV foi lançada em agosto de 2024, ou seja, há um ano e dois meses. Em todo esse tempo, o preço de R$ 399.990 foi mantido. Na prática, famílias podem planejar melhor seus gastos e investimentos porque não há o risco de uma inflação elevada corroer o poder de compra do carro.

Por outro lado, ainda que o Mercedes-Benz GLB tenha uma distância entre-eixos bem razoável, de 2,83 metros, é impossível sentar com conforto na terceira fileira de bancos. O espaço interno não é bem aproveitado e qualquer pessoa com mais de 1,60 m não consegue passar muito tempo na parte de trás do SUV. Aliás, o assoalho acaba sendo alto demais, o que faz com que as pernas dos passageiros fiquem elevadas. Por isso, o local é totalmente indicado para crianças.

Com todos os bancos em uso, o porta-malas do Mercedes-Benz GLB entrega apenas 130 litros de capacidade. Ou seja, é menos espaço do que o compartimento oferecido na Chevrolet Spin, que tem 162 litros. O problema é que o SUV alemão é 21 cm mais comprido.

Portanto, mesmo em uma ida rápida ao mercado, é preciso sempre estar com a terceira fileira rebatida para conseguiur um espaço minimamente decente para mochilas, malas e até sacolas. Neste caso, são oferecidos 565 litros. Para finalizar, com a fileira do meio também rebatida, chegamos a 1.800 litros. Pelo menos há um nicho para guardar o tampão quando os bancos extras estão em uso.

Mais um vacilo do Mercedes-Benz GLB é o ruído. Em arrancadas e, consequentemente, em rotações mais altas, é possível escutar o som do motor em um volume exagerado dentro da cabine. Isso bem poderia ser amenizado, por exemplo, com uma manta acústica no capô. Aliás, esse deveria ser um item indispensável para um carro que custa R$ 400 mil.

O Mercedes-Benz GLB também decepciona no quesito esportividade. Afinal, a versão AMG Line custa R$ 30 mil a mais do que a Progressive justamente para oferecer um visual mais esportivo. No entanto, essas diferenças são pouco perceptíveis. Isso porque o pacote inclui apenas rodas AMG de liga leve com cinco raios duplos e 19 polegadas e outros elementos internos e externos, como bancos esportivos, grade do radiador e para-choques exclusivos. Faltam mais itens para fazer jus à diferença de preço.

Por fim, aclives acabam sendo um problema para o Mercedes-Benz GLB. Afinal, até mesmo na saída da garagem da minha casa, que tem uma elevação pequena, o controle de estabilidade e tração não conseguiu segurar o SUV. Portanto, em lugares mais montanhosos e em pisos com menos aderência, é preciso ter cuidado. E vale lembrar que o GLB 200 só tem tração dianteira.

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Fonte: direitonews

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