Mercedes-AMG C63 chega ao Brasil com 680 cv e mais caro que BMW M3


Demorou (bastante), mas o Mercedes-AMG C63 S E Performance finalmente estreia no Brasil. O sedã esportivo troca o tradicional motor V8 por um 2.0 híbrido de nada menos que 680 cv e vai de 0 a 100 km/h em 3,4 segundos. O preço é para poucos: R$ 906.900.

Lançado em setembro de 2022 no exterior, o C63 chega agora com o trem de força híbrido plug-in (que pode ser recarregado na tomada). A parte a combustão é feita pelo motor dianteiro M139l, um quatro cilindros 2.0 turbo que entrega exorbitantes 476 cv de potência a 6.725 rpm e 55,5 kgfm no torque.

O turbocompressor, inclusive, é assistido eletricamente. Um motor elétrico, com cerca de 4 cm de espessura, é integrado diretamente no eixo do turbo. Ele é acionado diretamente e acelera a roda do compressor antes que o fluxo de gases de escape assuma o acionamento de maneira convencional. Segundo a fabricante, esta tecnologia derivada dos carros de Fórmula 1 melhora significativamente a resposta desde a marcha lenta, reduzindo o famoso turbo lag.

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No eixo traseiro, a AMG instalou uma unidade elétrica que entrega 95 cv contínuos, mas vai até 204 cv e 32,6 kgfm (esta força total é entregue durante 10 s). Quando atuam de forma conjunta, os motores fornecem 680 cv e 104 kgfm — bem mais que os 510 cv que seu principal rival, o BMW M3 (que parte de R$ 850 mil por aqui). O câmbio automático tem nove marchas e a velocidade máxima é de 280 km/h (limitada eletronicamente).

A parte híbrida também é derivada da expertise da marca alemã nas pistas de corrida. A bateria de alto desempenho (400 V), por exemplo, tem apenas 6,1 kWh, mas é projetada para uma entrega rápida de energia (e não autonomia). Tanto que o sedã esportivo consegue rodar até os 120 km/h de velocidade e apenas 13 km no modo elétrico, segundo o padrão europeu (WLTP).

Segundo a Mercedes, o trunfo para a entrega do desempenho é o sistema de resfriamento da bateria. Cerca de 14 litros do líquido refrigerante circulam de cima para baixo por toda a bateria, passando por cada uma das 560 células com a ajuda de uma bomba elétrica de alto desempenho. Como resultado, a bateria está sempre dentro de uma janela de temperatura operacional consistente e ideal, com uma média de 45ºC.

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Esteticamente, o novo C 63, claro, tem um visual mais agressivo em relação ao Classe C convencional, porém sem grandes exageros, como a grade e o para-choque mais esportivos. Um detalhe que pode passar despercebido é o emblema redondo com o brasão da AMG que substitui a tradicional estrela com a coroa de louros no capô.

Saias laterais, para-choque traseiro com difusor e os acabamentos de escape duplo trapezoidal (a inscrição “AMG” talhada na parte superior) completam o design. Com essas mudanças, o esportivo é, no total, 8,3 cm maior no comprimento em relação ao Classe C normal (4,84 m), 7,6 cm a mais na largura e 1 cm extra no entre-eixos (2,87 m).

O C63 traz ainda o eixo traseiro esterçante. Em direção opostas as rodas dianteiras, as traseiras operam com um ângulo máximo de 2,5º até 100 km/h. Isso leva a um encurtamento virtual da distância entre os eixos e resulta em uma entrada nas curvas significativamente mais ágil, menor esforço de direção e maior capacidade de manobra. Acima de 100 km/h, as rodas traseiras viram na mesma direção das rodas dianteiras — até um máximo de 0,7º e causa um um efeito positivo na estabilidade de condução.

O interior segue a receita dos carros da AMG. Ele é bem caprichado e usa o volante AMG Performance revestido de couro e base aplanada, bancos esportivos com o logotipo da AMG nos encostos, carregamento de smartphones por indução, teto solar panorâmico, som premium Burmester, e detalhes na cor vermelha por toda a cabine.

Há um painel de instrumentos digital com tela de 12,3″ e a central multimídia MBUX com tela de 11,9″ na posição vertical que ocupa boa parte do console central. Não há botões no painel e todas as funções são comandadas pela tela.

Além do C63 “normal”, a Mercedes oferece no Brasil a F1 Edition, que traz itens exclusivos inspirados na principal categoria do automobilismo mundial e também que incrementam a capacidade dinâmica, como difusores e spoiler mais robustos.

Tudo começa pela cor cinza Alpino e há detalhes de acabamento vermelho nas laterais e nos para-choques, além de um gradiente da cor cinza para preto com o logo AMG. As rodas aro 20 com cinco raios duplos são pintadas em preto fosco e trazem as bordas vermelhas, seguindo o esquema de cores das rodas do Medical Car da Mercedes-AMG na F1.

O interior é dominado pelo contraste preto e vermelho. Os bancos de couro Nappa têm logo AMG gravados nos encostos de cabeça dianteiros e os cintos de segurança e elementos de acabamento em fibra de carbono tem toque vermelho. Já o volante revestido no mesmo material dos bancos traz costura vermelha e as soleiras das portas também tem iluminação vermelha . O preço é de exatos R$ 1.015.000.

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Fonte: direitonews

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