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O mercado do açúcar inicia essa quinta-feira (11) em estabilidade, acompanhando o avanço da safra brasileira e as condições climáticas favoráveis na Ásia. Em Nova Iorque, o contrato outubro/25 permanece estável em 15.93 cents de dólar por libra-peso, enquanto o março/26 recuou 0,12%, para 16,55 cents. Em Londres, o contrato outubro/25 do açúcar branco teve leve alta de 0,06%, a US$ 490,20 por tonelada.
Segundo relatório mensal do Itaú BBA, a forte produção do Centro-Sul, com recorde no mix açucareiro, somada ao clima positivo para a safra na Índia e na Tailândia, pressionou os preços neste início de setembro. “Esse cenário tranquiliza os compradores e pressiona os vendedores a acelerarem o ritmo de venda”, avaliou a consultoria.
O banco destacou ainda que os preços atuais do açúcar ficaram abaixo do etanol em açúcar equivalente (16,5 cents por libra-peso), tornando o prêmio do adoçante negativo pela primeira vez em mais de três anos. Apesar disso, o impacto imediato sobre a safra 2025/26 deve ser limitado, já que grande parte da produção brasileira foi comercializada antecipadamente. O reflexo maior pode ocorrer em 2026/27, quando ainda há pouca fixação de preços, o que levou o Itaú BBA a reduzir sua estimativa de mix açucareiro para o ciclo.
Para o balanço global da safra 2025/26, a consultoria manteve a projeção de superávit de 1,7 milhão de toneladas. Já para 2026/27, ajustes dependerão da evolução dos preços, embora prêmios menores tendam a sustentar as cotações.
Esse quadro contrasta com estimativas da Organização Internacional do Açúcar (ISO), que projeta déficit global de 231 mil toneladas em 2025/26, o sexto ano consecutivo de déficit. A entidade prevê produção mundial de 180,6 milhões de toneladas (+3,3% a/a) e consumo de 180,8 milhões (+0,3% a/a).
Fonte: noticiasagricolas






