O mercado do açúcar inicia esta sexta-feira (21) em estabilidade, com o contrato maio/25 sendo negociado a 20 centavos de dólar por libra-peso na ICE de Nova Iorque. Já em Londres, os preços recuam e o contrato de maio é cotado a US$ 560,90 por tonelada, queda de 0,55%. A movimentação reflete a falta de direcionamento claro para o mercado, que segue dividido entre fundamentos altistas e baixistas.
A última atualização da UNICA mostrou que a produção acumulada de açúcar no Centro-Sul do Brasil na safra 2024/25 até fevereiro caiu 5,6% na comparação anual, totalizando 39,822 milhões de toneladas. Ao mesmo tempo, a Indian Sugar and Bio-Energy Manufacturers Association (ISMA) revisou para baixo sua estimativa de produção na Índia, de 27,27 para 26,4 milhões de toneladas, citando menores rendimentos da cana.
De acordo com Leonardo Silvestre, trader de Açúcar e Etanol do Grupo Arai Energy, o mercado chegou ao limite técnico das valorizações recentes. “Atualmente os fundamentos altistas e baixistas estão se anulando. O mercado não tem um direcionamento claro e vai depender da safra brasileira. Estamos em uma mudança de estações e não vemos um cenário de chuvas influenciando de forma positiva para a produtividade e a qualidade dos canaviais”, avalia o especialista.
A Reuters também reporta que, embora tenha havido chuvas esparsas no Centro-Sul do Brasil, ainda são necessárias precipitações mais abrangentes para conter a deterioração das perspectivas da safra 2025/26. A deterioração da safra indiana, por sua vez, segue como suporte para os preços, diante da combinação de oferta apertada e incertezas climáticas nos principais polos produtores.
Fonte: noticiasagricolas