O segmento de veículos usados vive uma dualidade. Os números de fevereiro mostram uma queda de 6,7% em relação a janeiro (990.899 unidades x 1.061.651). Porém, no primeiro bimestre de 2023 em relação ao mesmo período do ano passado, a variação é positiva e de 22,2% (2.052.550 x 1.680.280). Os dados incluem carros, comerciais leves, motos e caminhões e são da Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto).
“Normalmente todo começo de ano começa mais fraco para o comércio em geral, por conta dos vários compromissos que os consumidores têm com IPTU, IPVA, despesas escolares etc. Mas, neste ano, percebemos uma atenuação dessa questão, já que os preços dos seminovos e usados estão mais atrativos para os clientes”, afirma Enilson Sales, presidente da Fenauto.
O executivo ainda faz uma projeção otimista para 2023 e acredita que o setor vai voltar ao patamar de dois anos atrás. “A persistir um movimento de aquecimento da economia durante o ano, esperamos chegar a um patamar de vendas próximo aos 15 milhões registrados em 2021”, completa. Em 2022, foram negociados 13.297.958 automóveis, comerciais leves, pesados e motos — número 12% menor do que as 15.106.724 unidades vendidas em 2021.
Voltando para 2023 e no recorte levando em consideração somente os automóveis (excluindo comerciais leve e pesados, motos e caminhões), os números de fevereiro deste ano apontam 620.376 unidades contra 672.491 do primeiro mês do ano — queda de 7,7%. Em relação a fevereiro do ano passado (que registrou 515.291 vendas), no entanto, há um aumento considerável de 20,4%. E, no acumulado do ano, o primeiro bimestre de 2023 também se sobressai sobre o de 2022: 1.292.869 x 1.038.380 — variação positiva de 24,5%.
Assim como janeiro, o mês de fevereiro de 2023 gerou um maior volume de negociações em veículos com 13 ou mais anos — os chamados velhinhos. Foram 335.481 unidades. Os “usados jovens” (com 4 a 8 anos) ficou na segunda colocação, com 256.067 vendas. Veja qual foram os modelos mais negociados aqui.
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Fonte: direitonews
