Médico e advogado atuaram em 13 processos com falsos laudos para liberação do cultivo de maconha no judiciário do Rio


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Via @jornalextra | Os nomes de Adolfo Antônio Pires e Patrick Rosa Barreto aparecem em 13 processos de impetração de habeas corpus (permissão) para o plantio de maconha. Os registros estão na Seção Judiciária do Rio de Janeiro, e incluem pedidos feitos a favor de um policial militar e de dois clientes com anotações criminais. A dupla foi presa com mais duas pessoas na terça-feira, suspeitos de emitirem laudos falsos para o cultivo da droga.

O médico Adolfo Antônio é investigado pela criação dos laudos, no qual elabora falsos quadros clínicos nos clientes, usando-os como justificativa para o uso da maconha skank, mais pura e eficaz. Entre os diagnósticos, há depressão, dores crônicas, insônia, fobias e distúrbios de humor. Já o advogado Patrick Rosa, é apontado como autor dos pedidos de habeas corpus, que liberam o cultivo da planta em casa. Sem ele, a pessoa pode ser presa por tráfico de drogas.

A prisão

O médico foi preso na manhã de terça-feira durante a Operação Seeds, realizada pela 14ª DP, no Leblon. Com ele, foram detidos Pérola Katarine de Castro, sua esposa e responsável pela parte financeira da quadrilha, o advogado criminalista Patrick Rosa Barreto e o biólogo André Vicente Souza de Freitas. Os “pacotes” oferecidos pelo grupo variavam de R$ 3 mil a R$ 50 mil.

Cada um deles exercia uma função dentro do esquema de falsificação de laudos: Adolfo os produzia; Pérola cuidava das finanças; Patrick impetrava os pedidos de habeas corpus; e André conseguia as sementes e insumos para o cultivo.

Pela Lei Antidrogas, é proibido plantar maconha em casa, mas se pode conseguir judicialmente autorização para produção e consumo de cannabis para fins terapêuticos. Nenhum dos casos investigados se relacionava a enfermidades que indicassem o uso.

Por Bruna Martins
Fonte: extra.globo.com

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