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“Em nenhum momento houve ordem, planejamento ou mobilização de veículos blindados para a execução de ações que tentassem abolir o Estado Democrático de Direito”, diz trecho do comunicado da Marinha.
“Sublinha-se que a constante prontidão dos meios navais, aeronavais e de fuzileiros navais não foi e nem será desviada para servir a iniciativas que impeçam ou restrinjam o exercício dos Poderes Constitucionais”, acrescenta.
No relatório final da PF sobre o inquérito da suposta tentativa de golpe no país após as eleições de 2022, um contato chamado “Riva” encaminha uma mensagem dizendo: “O Alte Garnier é PATRIOTA. Tinham tanques no Arsenal prontos”. O personagem citado era o então comandante da Marinha, almirante Almir Garnier.
Ainda na nota divulgada nesta quarta, a Marinha brasileira reforça que seus “atos são pautados pela rigorosa observância da legislação, valores éticos e transparência”: “Ademais, a MB [Marinha do Brasil] encontra-se à disposição dos órgãos competentes para prestar as informações que se fizerem necessárias para o inteiro esclarecimento dos fatos, reiterando o compromisso com a verdade e com a justiça”.
O relatório da Polícia Federal sobre a suposta tentativa de golpe de Estado, composto por quase 900 páginas, indicia 37 pessoas — incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Segundo os investigadores da PF, os indiciados integravam “organização criminosa, estruturalmente ordenada, com divisão de tarefas e utilização de órgãos, estrutura e agentes públicos, que praticaram ações voltadas a desestabilizar o Estado Democrático de Direito”.
Fonte: gazetabrasil