Um xamã tlingit, Tith Klane, foi morto em resultado da explosão de um arpão em um navio baleeiro de propriedade de seu empregador, a North West Trading Company.
Segundo a versão da Marinha norte-americana, os membros da tribo fizeram com que a tripulação desembarcasse e exigiram 200 cobertores como indenização.
Ao mesmo tempo, os tlingit afirmam que os marinheiros desembarcaram porque queriam participar do funeral e que é improvável que a tribo pedisse uma indenização tão rapidamente.
Depois, suspeitando que estivessem se preparando para um tumulto, um alto representante da empresa se queixou à Marinha dos EUA, afirmando que “a revolta ameaçava a vida e a propriedade dos residentes brancos“.
Em 25 de outubro de 1882, a Marinha norte-americana exigiu que a tribo trouxesse os 400 cobertores como punição pela desobediência, mas os tlingit puderam coletar só 81.
No dia seguinte, navios de guerra começaram a disparar contra o vilarejo. Em seguida, os marinheiros desembarcaram e queimaram o que restava das casas, depósitos de alimentos e canoas.
“A Marinha reconhece a dor e o sofrimento infligidos ao povo tlingit e reconhece que essas ações injustas resultaram em perda de vidas, perda de recursos, perda de cultura e criaram e infligiram traumas intergeracionais a esses clãs”, declarou o contra-almirante Mark Sucato, comandante da região noroeste da Marinha dos EUA, citado no artigo.
Fonte: sputniknewsbrasil